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Mergulho Profundo na Operação Collector – Um Golpe Contra a Máfia do Cigarro

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A Operação Collector, uma ação conjunta da Polícia Federal, da Receita Federal e da Polícia Militar, desmantelou uma importante rede financeira de um grupo criminoso conhecido como a ‘máfia do cigarro’. Este grupo é acusado de movimentar mais de R$ 200 milhões nos últimos cinco anos.

Cenário da Operação

A operação ocorreu em diversas cidades de Mato Grosso do Sul, incluindo Naviraí, Caarapó, Itaquiraí e Mundo Novo. Os agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão e 21 ordens de sequestro, além de suspender as atividades de seis empresas suspeitas de envolvimento.

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Modus Operandi da Organização Criminosa

De acordo com a nota oficial divulgada pela Polícia Federal, a investigação revelou que a organização criminosa se envolvia em contrabando de cigarros paraguaios e contratava grupos criminosos especializados na cobrança de dívidas oriundas do crime.

Após o recebimento do pagamento, principalmente por meio de dação em pagamento (com a entrega de veículos, imóveis etc.), outro grupo criminoso, composto por empresários, assumia o controle, liquidando os bens, principalmente através da compra e venda de veículos. Para operacionalizar todo este esquema complexo, inúmeros atos de lavagem de dinheiro foram praticados.

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Resultados da Operação

Embora o resultado final da Operação Collector ainda não tenha sido divulgado oficialmente, imagens divulgadas pela Polícia Federal mostram a apreensão de joias, dinheiro e veículos de luxo.

O Problema Crônico do Contrabando de Cigarros

A Operação Collector é apenas uma entre muitas ações contra o contrabando de cigarros paraguaios. Muitos policiais de diferentes instituições já foram presos por envolvimento nesta prática ilícita.

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Ainda assim, os crimes parecem estar longe de acabar. O tabaco é um dos principais motores da economia paraguaia, mas grande parte de seu consumo é feito por brasileiros.

A Economia do Cigarro no Paraguai

O Paraguai produz, em média, 71 bilhões de cigarros por ano, mas consome apenas 2,3 bilhões. A maior parte do restante entra no Brasil por meio do contrabando.

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Um estudo realizado pelo Instituto IPEC Inteligência mostrou que, em 2021, quase metade (48%) de todos os cigarros consumidos no Brasil eram ilegais – sendo que 39% foram contrabandeados, principalmente do Paraguai. No total, estima-se que 53,1 bilhões de cigarros ilegais circularam no território brasileiro em 2021.

Riscos à Saúde e Impacto Econômico

Os riscos à saúde associados ao cigarro contrabandeado são altos. Por ser isento de impostos e mais barato, pode gerar um maior consumo. Além disso, o cigarro contrabandeado não passa pela aprovação da Anvisa e pode conter uma quantidade superior e mais nociva de nicotina.

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Além dos riscos à saúde, este crime também afeta consideravelmente a economia. De acordo com Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), o contrabando gera uma evasão fiscal que representa R$ 10,2 bilhões. Além disso, a estrutura produtiva no Brasil perde cerca de 173 mil empregos por causa desse crime.

Financiamento do Crime Organizado

Segundo Vismona, o dinheiro do contrabando é utilizado para financiar organizações criminosas e milícias, o que afeta diretamente a segurança pública, especialmente nos estados fronteiriços.

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O Papel dos Produtores Paraguaios

Um dos principais fabricantes de cigarros no Paraguai é o ex-presidente Horácio Cartes, que governou o país de 2013 a 2018. Apesar de ter sido denunciado por lavagem de dinheiro, contrabando de cigarros e tráfico de drogas, suas indústrias continuam operando a todo vapor.

Conclusão

A Operação Collector representa um passo importante na luta contra o contrabando de cigarros e a lavagem de dinheiro no Brasil. No entanto, enquanto a demanda por cigarros baratos e a impunidade persistirem, a ‘máfia do cigarro’ continuará a prosperar.

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Para informações adicionais, acesse o site

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