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O Grande Dilema – Por que Muitos se Sentem Presos a Empregos que Detestam?
Crédito, Getty Images
Legenda da foto,
Desmotivação no trabalho pode afetar a produtividade da empresa
* Autor,
Alex Christian
* Cargo,
Da BBC Worklife
* 3 de setembro de 2023, 21:07 -03
Introdução
Vivendo em posições profissionais que não lhes agradam ou recebendo remunerações que não atendem suas necessidades, muitos empregados se veem desencorajados e optam pela [‘renúncia silenciosa’](/portuguese/articles/cn0grw5xg39o): eles decidem fazer o mínimo necessário.
Contexto Atual
As taxas de renúncia voluntária estão em declínio. Nos Estados Unidos, elas voltaram a níveis anteriores à pandemia, aparentemente encerrando uma fase em que vários trabalhadores estavam abandonando seus empregos. As contratações também desaceleraram. No Reino Unido, o número de vagas de emprego diminuiu trimestralmente no último ano.
Percepção dos Trabalhadores
Alguns trabalhadores expressam satisfação em permanecer em seus empregos: muitos encontraram novas funções após repensarem suas carreiras. Contudo, nem todos os empregados permanecem em seus cargos por vontade própria. Alguns ainda desejam renunciar, mas com a desaceleração nas contratações e incertezas sobre a economia, eles podem estar presos a empregos que desgostam no futuro próximo.
A Busca por Oportunidades
Quando o mercado está em alta, os trabalhadores insatisfeitos podem mudar de emprego ou de setor para encontrar funções que lhes agradem mais.
‘Quando as pessoas sentem que estão num emprego que não as inspira e veem oportunidades em outros lugares, é provável que busquem satisfazer suas necessidades profissionais em outra organização’, afirma Jim Harter, pesquisador de gestão e bem-estar no local de trabalho da consultoria americana Gallup.
A ‘Renúncia Silenciosa’
Sem perspectivas de serem contratadas em outros locais, no entanto, as pessoas muitas vezes não têm condições de pedir demissão. Assim, em vez disso, ‘renunciam silenciosamente’, ou seja, começam a fazer o mínimo possível. Segundo dados da Gallup de junho de 2023, 59% dos 122.416 trabalhadores globais entrevistados afirmam que não estão engajados no trabalho.
Motivos da Desmotivação
Existem várias razões para os trabalhadores estarem desmotivados atualmente, dizem os especialistas.
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Episódios
Fim do Podcast
Por um lado, o custo de vida e a estagnação do crescimento salarial levaram a mais funcionários insatisfeitos com seus salários.
As Consequências da ‘Renúncia Silenciosa’
Para o funcionário, ficar preso a um trabalho que não gosta é, na melhor das hipóteses, desagradável e, na pior, prejudicial. Além disso, renunciar silenciosamente não é uma solução. ‘É um comportamento que pode levar a níveis mais baixos de bem-estar ao longo do tempo’, diz Harter. ‘Na prática, entrar em um casulo e fazer o mínimo durante a maior parte do tempo pode ter um impacto negativo na saúde mental. E não é uma forma de construir uma carreira de sucesso.’
A Postura das Empresas
A atitude de muitas empresas agrava o problema. Harter diz que a falta de investimento de uma empresa em seus trabalhadores muitas vezes leva à ‘renúncia silenciosa’. ‘Alguns empregadores podem agora pensar que têm mais controle quando os trabalhadores têm menos oportunidades em outros locais. E por isso os empregadores não se esforçam tanto para inspirar suas equipes’, diz ele.
O Papel das Empresas
Contudo, a questão é um grande problema para as empresas, pois a desmotivação dos trabalhadores leva à perda de produtividade. Os especialistas dizem que as próprias empresas deveriam ter interesse em engajar seus trabalhadores.
Se elas não melhorarem as condições para os funcionários, um número crescente de seus empregados começará a fazer o mínimo necessário até que consigam mudar de empresa.
Conclusão
A realidade para a maioria dos trabalhadores é que eles poderão ter de permanecer em suas funções atuais, gostem ou não. E, a menos que as empresas façam mais para engajar os funcionários insatisfeitos, muitas pessoas optarão pela ‘renúncia silenciosa’ e farão o mínimo possível.
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