Will Lewis nomeado CEO do The Washington Post – Uma análise

Introdução

Will Lewis, ex-presidente-executivo do Dow Jones e editor do The Wall Street Journal, foi confirmado como o próximo CEO do The Washington Post. Este artigo analisa as implicações dessa nomeação e o que ela sugere sobre o futuro do Post.

1. A nomeação

A confirmação da nomeação de Lewis foi feita através de um comunicado breve emitido pelo Washington Post. Lewis, que assumirá o cargo a partir de janeiro, expressou seu entusiasmo e honra por liderar uma editora de mídia global tão renomada, com uma história de 145 anos de jornalismo intransigente.

> ‘O Washington Post é uma importante editora de mídia global conhecida por seus 145 anos de história de jornalismo intransigente. Como executivo de mídia e ex-repórter, estou encantado e honrado por estar no comando’ – Will Lewis

2. Jeff Bezos e o compromisso com o Post

No comunicado, o fundador da Amazon e proprietário do The Post, Jeff Bezos, reafirmou seu compromisso com a publicação, referindo-se a Lewis como um executivo excepcional e comprometido. A nomeação de Lewis ocorre em um momento crucial para o Post, que enfrenta a possibilidade de perder US$ 100 milhões este ano.

3. Background de Lewis

Lewis, 54 anos, é um ex-jornalista nascido no Reino Unido que passou mais de 15 anos como líder em grandes organizações de notícias. Além de ter sido editor do The Daily Telegraph, ele co-fundou o News Movement, uma startup voltada para jovens consumidores de notícias.

4. O desafio do Post

Com a saída do presidente Donald J. Trump, o Post tem lutado para expandir seu negócio de assinaturas digitais. A redação se prepara para cobrir a eleição presidencial de 2024, um tema importante para uma publicação que prioriza reportagens políticas.

5. A era Ryan

Fred Ryan, ex-editor e CEO do Post, anunciou em junho sua saída após quase 10 anos no cargo. Apesar de ter liderado a expansão das assinaturas digitais e da redação, o Post perdeu dinheiro no ano passado e o número de assinantes caiu para 2,5 milhões, em comparação com quase três milhões em 2020.

6. A gestão interina de Patty Stonecipher

Desde a saída de Ryan, o Post foi administrado por Patty Stonecipher, membro do conselho da Amazon e confidente de Bezos. Stonecipher, que esperava permanecer no cargo por seis meses a um ano, prometeu que não haveria demissões.

7. Otimismo excessivo e cortes de empregos

No entanto, Stonecipher admitiu mais tarde que suas previsões de tráfego, assinaturas e crescimento de anúncios eram ‘excessivamente otimistas’. Como resultado, o Post anunciou que cortaria cerca de 240 empregos por meio de um programa de aquisição que abrangeria toda a empresa.

8. O processo de recrutamento

A nomeação de Lewis foi resultado de um processo de recrutamento que durou um mês, conduzido por Stonecipher e a empresa de recrutamento Sucherman. Várias figuras importantes da indústria foram contactadas, incluindo membros do conselho de administração da Bloomberg LP e executivos-chefes do The Atlantic e Politico.

9. A carreira de Lewis no Financial Times e no Telegraph

Começando como repórter do Financial Times, Lewis subiu na hierarquia de edição para se tornar editor-chefe do Telegraph Media Group, proprietário do Daily Telegraph. Em 2010, ingressou na News UK, fundada pelo magnata da mídia Rupert Murdoch.

10. A gestão de Lewis na Dow Jones

Em 2014, Lewis foi nomeado presidente-executivo da Dow Jones, controladora do The Wall Street Journal e da Barron’s. Durante seu mandato, o Journal experimentou um período de crescimento de assinaturas digitais, atingindo mais de dois milhões de assinantes digitais em 2020, contra cerca de 700.000 quando ele começou.

11. News Movement

News Movement, a start-up de Lewis lançada em 2021, publica vídeos sobre eventos atuais em plataformas populares de mídia social como TikTok e YouTube. A empresa arrecadou US$ 15 milhões de financiadores e recentemente adquiriu a startup de notícias políticas The Recount.

12. Conclusão

Com a nomeação de Lewis, o Washington Post parece estar caminhando para uma nova era. A experiência de Lewis tanto como jornalista quanto como executivo de mídia, combinada com seu histórico de crescimento de assinaturas digitais, pode ser exatamente o que o Post precisa para enfrentar seus desafios atuais.

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