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Sétimo Dia de Paralisação dos Metroviários – Superlotação de Ônibus e Problemas na Região Metropolitana do Recife
A paralisação dos metroviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) já chega ao seu sétimo dia e, infelizmente, não há previsões para o fim deste impasse. Enquanto as negociações entre a categoria e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) não avançam, os cidadãos têm enfrentado transtornos e a superlotação dos veículos de transporte público.
Transtornos na Capital Pernambucana
No Terminal Integrado Joana Bezerra, localizado na região central do Recife, os usuários do transporte público têm expressado suas insatisfações. Odemir José, um pedreiro de 44 anos, se queixa dos atrasos no seu trajeto diário para o trabalho e da superlotação dos ônibus.
> ‘É muito complicado para nós, trabalhadores. Eu acabo chegando atrasado no trabalho e os ônibus estão sempre lotados, é muito difícil’, disse Odemir.
Apesar de estar sendo impactado pela greve, Odemir também se mostrou solidário com a luta dos metroviários por melhores condições de trabalho.
> ‘Eu não posso condenar os metroviários, eles estão lutando pelos seus direitos, o que é justo. Mas é preciso resolver esta situação logo, pois está dificultando a vida de todos nós’, ponderou o pedreiro.
Superlotação dos Ônibus Atinge até Quem Não Usa Metrô
A dona de casa Fabiana Luisa, de 41 anos, apesar de não utilizar o metrô no seu dia a dia, também está sentindo os efeitos da greve.
> ‘A greve está afetando o sistema de ônibus. Eles estão vindo mais cheios, superlotados, e isso dificulta a locomoção’, ressaltou Fabiana.
Maria de Lurdes, uma empregada doméstica de 69 anos, que se desloca diariamente de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, para Boa Viagem, também na Zona Sul, onde trabalha, compartilha do mesmo sentimento.
> ‘Eu tenho que pegar ônibus todos os dias e eles estão cada vez mais cheios. Às vezes, eu tenho que me espremer para entrar, o que torna o meu trajeto muito difícil’, relatou Maria.
Ambas, no entanto, têm opiniões divergentes sobre a greve. Enquanto Fabiana acredita que a greve precisa acabar o mais rápido possível, Maria apoia a luta dos metroviários.
> ‘A greve tem que acabar o mais rápido possível, todos estamos sendo prejudicados. Metrô e ônibus precisam funcionar o tempo inteiro, não podem parar. Não pode ter greve’, afirmou Fabiana.
> ‘Eu acho que os trabalhadores têm direito de lutar pelos seus direitos. É difícil dizer que a greve tem que parar e o metrô voltar a funcionar porque eu tenho meu emprego garantido, recebo em dia… Não posso reclamar de quem está lutando pelos seus direitos’, defendeu Maria.
Negociações Paralisadas
A greve dos metroviários não tem um fim à vista. Apesar da condenação do Tribunal Regional do Trabalho da 6° Região (TRT-6) de uma multa diária de R$ 60 mil para a categoria(https://www.folhape.com.br/noticias/trt-6-condena-sindicato-dos-metroviarios-a-pagamento-de-multa-por-nao/286487/), por não disponibilizar o serviço durante os horários de pico, não há previsão para a retomada do funcionamento do transporte público ou para um acordo entre as partes.
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Bancada Pernambucana discute problemas do Metrô em audiência com Jader Filho(https://www.folhape.com.br/colunistas/blogdafolha/bancada-pernambucana-discute-problemas-do-metro-em-audiencia-com-jader-filho/39197/)
As negociações parecem estar paralisadas. A reportagem entrou em contato com o TRT-6, o sindicato dos metroviários e a CBTU, que confirmaram que, até o momento, não há nenhuma audiência marcada para a apresentação de novas propostas de conciliação. A categoria, que neste sétimo dia de greve foi em caravana para Brasília, pretende aumentar a pressão sobre o Governo Federal em busca de uma resolução mais rápida.
Entre as reivindicações dos metroviários estão o reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND).
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