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Queda no desemprego – Uma análise do trimestre encerrado em julho de 2023
A situação do desemprego no Brasil tem mostrado sinais de melhora. A taxa de desemprego para o trimestre encerrado em julho de 2023 ficou em 7,9%, o menor resultado para o período desde 2014, quando foi de 6,7%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A diminuição de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre encerrado em abril (8,5%) e de 1,2 p.p. ante o mesmo período do ano passado (9,1%) é expressiva e demonstra o dinamismo do mercado de trabalho brasileiro.
> ‘Esse recuo ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando’, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
Crescimento na ocupação
O número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões. Isso representa um aumento de 1,3 milhão em relação ao período de fevereiro a abril. Na comparação anual, houve crescimento de 0,7% (mais 669 mil), o menor dos últimos nove trimestres seguidos de alta.
‘A alta na ocupação após a pandemia foi marcada por aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso’, analisa Beringuy.
Números da desocupação
A população desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma retração de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% se comparada ao mesmo período de 2022.
Características do emprego
Na comparação trimestral, destaca-se o crescimento do emprego sem carteira assinada (4% ou mais 503 mil pessoas) que somou 13,2 milhões de pessoas. No comparativo anual, chama atenção o contingente de empregados com carteira, que cresceu 3,4% ou 1,2 milhão de pessoas, formando um universo de 37 milhões.
O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 2,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Taxa de informalidade
A Pnad revela que a taxa de informalidade – que leva em consideração trabalhadores sem carteira assinada em empresas e no serviço doméstico, e os que atuam por conta própria, mas sem CNPJ – ficou em 39,1%, índice semelhante ao trimestre anterior (38,9%).
Diminuição na subutilização
A pesquisa mostra também que a taxa de subutilização ficou em 17,8%, representando queda de 3,1 p.p. no comparativo anual. São atualmente 20,3 milhões de pessoas desocupadas ou que trabalham menos que o número de horas que gostariam.
A população desalentada – pessoa que gostaria de trabalhar, mas desistiu de procurar emprego por acreditar que não conseguiria – soma 3,7 milhões, estável ante o trimestre anterior.
Rendimento médio
O rendimento médio do brasileiro ficou em R$ 2.935, estável na comparação com o trimestre anterior e crescimento de 5,1% em relação ao trimestre encerrado em julho de 2022, já descontada a inflação do período.
Conclusão
Os números mostram uma melhora significativa no mercado de trabalho brasileiro, apesar dos desafios impostos pela pandemia. A recuperação ainda está em curso, mas os indicadores são de que o país está no caminho certo para retomar os patamares pré-pandemia.
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