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Empregos Formais em Ascensão no Rio Grande do Sul

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Crescimento do Emprego Formal

O Rio Grande do Sul encerrou o primeiro semestre de 2023 com um resultado positivo na geração de empregos formais, chegando a um saldo de 53.315 novos postos de trabalho. Esse crescimento tem sido interpretado como ‘uma boa notícia’ pelo governo estadual, que revelou esses números com a esperança de que o segundo semestre seja ainda mais promissor, impulsionado pela diminuição na taxa de juros do país.

Os números apresentados pelo governo gaúcho provêm da última pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego no final de julho. O saldo positivo é resultado da diferença entre as 763.996 admissões e as 710.681 demissões ocorridas entre janeiro e junho deste ano.

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> ‘O crescimento do emprego formal é uma boa notícia.’

A Influência da Taxa de Juros

Segundo José Scorsatto, diretor-presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), os resultados indicam um possível crescimento mais expressivo para o segundo semestre de 2023, impulsionado também pela queda na taxa básica de juros, a Selic, aprovada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última semana. Se a Selic cair ainda mais, isso implicará em um aumento nas vendas do comércio e na necessidade da indústria empregar mais, resultando em um crescimento na empregabilidade.

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Análise dos Setores

Ao analisar os dados, a economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lucia Garcia, destaca que a indústria e o setor de serviços apresentaram crescimento, enquanto houve menor participação na construção civil e saldo negativo na agricultura. Ela projeta que, no segundo semestre, com a admissão de safristas, deve ocorrer um aumento nos postos de trabalho no estado. No entanto, a realidade do estado é de menor proporção de assalariados no setor do que no resto do país.

A Reorganização da Economia Brasileira

Para Lucia Garcia, o saldo positivo do semestre se deve a ‘um caminho de reorganização da economia brasileira’ nos primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, ela alerta que as autoridades do Rio Grande do Sul estão ‘atribuindo ao desempenho nacional os determinantes da economia gaúcha’, o que para ela pode ser uma jogada arriscada.

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Entre os desafios que a economia nacional enfrenta e que terão reflexos no RS, Lucia destaca o alto padrão de juros, que ‘é uma grande âncora para o crescimento, pois inibe investimentos, sequestra renda e inviabiliza o governo’. Além disso, há uma incerteza quanto à rigidez do gasto governamental, ‘pois o arcabouço fiscal ainda não foi aprovado’.

Reforma Tributária e Crescimento Nacional

No que se refere ao futuro do crescimento nacional, a economista chama a atenção para a reforma tributária que está em debate. ‘O pedaço que passou é de interesse dos empresários e não dos trabalhadores, o pedaço que interessa aos trabalhadores e ao governo nacional ainda vai ser motivo de grande engalfinhamento com o Congresso Nacional’.

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Gestão Conservadora no RS

Lucia também critica a gestão gaúcha por ser ‘bastante conservadora’, o que ‘encaminha para uma dificuldade muito grande’ em relação, por exemplo, aos empregos públicos. Ela questiona: ‘Estamos colocando o destino do Rio Grande do Sul todo no colo da União?’

A economista continua afirmando que em momentos anteriores o estado teve ‘uma proposta liberal conservadora com sinalização de grandes investimentos’ e que agora é ‘só redução’. Ela explica que quando o investimento não acontece, o gasto público é muito importante, o que pode ser feito em ações como compras públicas privilegiando pequenos produtores locais, mantendo emprego e estruturas públicas.

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Mudança do Perfil no Segmento do Comércio

Outro fator que chama a atenção é a mudança do perfil no segmento do comércio. Lucia aponta que o crescimento de compras online traz uma realidade de substituição de assalariados por menos trabalhadores e em situação de atendimento virtual, muitas vezes trabalhando de casa.

‘Não existe reação sem a gente saber para onde vai, a gente precisaria ter sim uma visão de futuro que passe por um diagnóstico de como você reorganiza a produção diante de uma mudança que vem aí’, finaliza.

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Edição: Katia Marko

Para informações adicionais, acesse o site

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