Preservação do Patrimônio Histórico – Desinfestação de Ícones do Barroco Brasileiro em Congonhas

Introdução

Pela primeira vez em suas histórias, quinze preciosas esculturas do Barroco brasileiro, esculpidas por Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, estão passando por um processo meticuloso de desinfestação. Estas peças formam a representação da Santa Ceia, localizada em Congonhas, região central de Minas Gerais.

O Problema e a Solução

Estas esculturas de valor incalculável encontram-se atualmente dentro de grandes bolhas de plástico. O motivo para tal não é outro senão a necessidade de preservar este patrimônio de importância mundial.

Um processo de desinfestação, conhecido como anóxia ou anoxia, está sendo realizado para eliminar cupins e prevenir a proliferação de insetos que possam estar presentes na madeira das esculturas. Este método consiste em colocar as peças dentro de uma bolha de plástico especial, vedando-a completamente e, em seguida, injetando nitrogênio para expulsar todo o oxigênio existente.

O Processo de Desinfestação

Cada bolha de plástico tem 3 metros de comprimento, 2 metros de largura e 1 metro de altura, suficiente para acomodar as esculturas com segurança. A equipe técnica, liderada por Adriano Ramos do Grupo Oficina de Restauro, injeta nitrogênio na bolha após vedá-la completamente. Este processo resulta na morte de qualquer ser vivo que possa estar presente no interior.

Um Patrimônio em Risco

Estas peças, que estão expostas na capela da Santa Ceia, fazem parte de um conjunto maior de 64 peças sacras esculpidas por Aleijadinho. Elas estão localizadas ao redor da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

As esculturas passarão 45 dias dentro da bolha de plástico. Simultaneamente, a prefeitura está conduzindo trabalhos de conservação nas capelas, com o acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Segurança e Conservação

Com proteção da Guarda Municipal e da Polícia Militar, as peças foram retiradas da capela da Santa Ceia há duas semanas. O objetivo é que, até o Natal, a Santa Ceia possa ser admirada novamente em seu lugar original.

As Peças de Aleijadinho

As peças em questão incluem a figura de Cristo, dos 12 apóstolos e dois servos. Há também um leitão numa bandeja e a mesa. Todas essas peças foram feitas por Aleijadinho entre 1796 e 1799.

Monitoramento e Cuidado

O processo de desinfestação está sendo realizado em um local mantido em segredo. A equipe de Adriano Ramos está monitorando o processo continuamente. Equipamentos sofisticados, como o oxímetro, estão sendo usados para monitorar os níveis de nitrogênio e oxigênio dentro da bolha.

Restauração das Capelas

Paralelamente ao processo de desinfestação, está em andamento um trabalho de restauração das seis capelas que abrigam sete cenas da Paixão de Cristo. Este trabalho, financiado pela Prefeitura de Congonhas, tem previsão de conclusão em seis meses.

A Importância do Patrimônio

As peças de Aleijadinho são um patrimônio visitado por pessoas de todo o mundo. Elas são feitas de cedro vermelho e foram esculpidas no final do século XVIII. Na época, a madeira era deixada secando por um ano após o corte.

Conclusão

Este trabalho de desinfestação e restauração é vital para a preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro. Através dele, podemos garantir que as futuras gerações possam apreciar e aprender com essas magníficas obras de arte do Barroco brasileiro.

> ‘As peças de Aleijadinho são um patrimônio visitado por pessoas de todo o mundo. Elas são feitas de cedro vermelho e foram esculpidas no final do século XVIII. Na época, a madeira era deixada secando por um ano após o corte.’ – Adriano Ramos, especialista em restauro.

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– Para mais informações, visite o site oficial do Iphan

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