Política Municipal de Braga – As acusações de Ricardo Rio a Mesquita Machado

Ricardo Rio, atual presidente da Câmara de Braga, levantou alegações contra o seu antecessor, Mesquita Machado, em uma recente Assembleia Municipal. Acusou Machado de desperdiçar 80 milhões de euros com a constituição da SGEB, em 2008.

O Contexto da Acusação

O embate político entre Rio e Machado ganhou novos capítulos quando o atual prefeito acusou o antigo de mal uso de fundos públicos. A acusação se deu na Assembleia Municipal, onde Ricardo Rio afirmou que Mesquita Machado teria ‘desperdiçado 80 milhões de euros, atirando-os pela janela’ com a opção da constituição da SGEB (Sociedade Gestora de Equipamentos Desportivos de Braga).

A Reação de Palmira Maciel

A deputada municipal do PS, Palmira Maciel, defendeu as ações de Mesquita Machado, argumentando que a SGEB foi um investimento que beneficiou as freguesias e seus habitantes. Ela acusou a maioria do governo atual de tentar denegrir a gestão anterior dos socialistas.

A Defesa de Ricardo Rio

Ricardo Rio, por sua vez, justificou suas acusações explicando que, na época e com as taxas de juro vigentes, a Câmara poderia ter pedido um empréstimo bancário a 25 anos, ao invés de optar por um contrato com os privados a pagar uma taxa de juro de 7,5 por cento.

O Custo da SGEB

Anteriormente, o deputado social-democrata João Marques havia destacado que a SGEB custou 91,3 milhões até agora, verba a que se somam os 190 milhões do novo estádio. A Assembleia votou, por larga maioria, a extinção da SGEB, o que trará uma poupança de 28,2 milhões, segundo cálculos do Município.

A Construção dos Equipamentos Desportivos

Ricardo Rio salientou que, inicialmente, estava previsto que a SGEB investisse 65 milhões, porém apenas 30 milhões desse montante foram concretizados. Segundo ele, este valor rapidamente aumentou para 45 milhões, devido a obras adicionais que eram feitas de forma casuística.

O Caso do Relvado Sintético de Arcos São Paio

Como exemplo, o prefeito citou a construção do relvado sintético de Arcos São Paio, que com financiamento bancário teria custado 1,54 milhões e através das rendas pagas pela Autarquia à SGEB ficaria por 3,5 milhões. Este seria o preço final se a SGEB não fosse dissolvida.

As Consequências para os Bracarenses

Rio lamentou que a decisão dos socialistas tenha resultado em um custo de 2 a 3 vezes maior para os bracarenses. Ironizou que os 80 milhões desperdiçados dariam para pagar 500 anos de aluguel do São Geraldo.

A Extinção da SGEB

A extinção da SGEB só foi possível agora devido à intransigência dos governos anteriores. Ricardo Rio alegou que isto se deu tanto durante o governo do PSD no tempo da Troika como nos governos do PS que se seguiram.

A Defesa de Palmira Maciel para a SGEB

Palmira Maciel defendeu que a SGEB foi um exemplo de cooperação público-privada com resultados notáveis no bem-estar das populações das freguesias. Ela questionou o que seria da Carta Desportiva do concelho sem estes equipamentos desportivos.

O Impacto Social dos Equipamentos Desportivos

Maciel lembrou o impacto social positivo obtido com a construção das piscinas nas freguesias. A empresa requalificou 39 campos de futebol e pavilhões e construiu dois centros cívicos nas freguesias.

A Suspensão da Construção do Campo de Futebol de Gualtar

Ela criticou ainda o fato de a atual maioria na Câmara ter suspendido a construção do campo de futebol de Gualtar em 2013. Maciel duvida que a extinção da SGEB resultará em uma economia de 28,2 milhões.

A Posição dos Outros Partidos

O debate se estendeu a outros partidos com assento na Assembleia, todos considerando a PPP ruinosa. Entretanto, a CDU, o BE e o PAN discordam do pedido de empréstimo de 15 milhões de euros que o Município terá de fazer para que os privados saiam e concordem com a passagem para a Câmara.

Em resumo, a política municipal de Braga é um campo minado de acusações e defesas, com o futuro da SGEB e a gestão dos fundos públicos no centro do debate.

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