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O Segredo Por Trás do Cacau das Ilhas Paradisíacas – O Melhor Chocolate do Mundo

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Credito, Getty Images

1. Uma Revelação na Capital do Cacau

Em menos de trinta minutos na fábrica de Claudio Corallo, na cidade de São Tomé, a fervilhante capital de São Tomé e Príncipe, tudo o que você pensava saber sobre chocolate será invertido. Corallo, um italiano de 72 anos, é um mestre na arte de criar chocolates com uma delicadeza e sabor inigualáveis.

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Ao experimentar suas criações, você logo perceberá que seu chocolate 100% cacau é robusto, porém não amargo. Contrariando a concepção comum de que o melhor chocolate é escuro e amargo, Corallo afirma que ‘forte e amargo não são a mesma coisa. Aprendemos que o bom chocolate é escuro e amargo, mas amargo é errado e escuro é queimado’.

Uma de suas criações mais notáveis, o Ubric 1, é um chocolate 70% cacau com uvas passas destiladas em polpa de cacau. Segundo Corallo, o aroma da polpa é ‘o mais fresco e estimulante’ que ele conhece.

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2. São Tomé e Príncipe: O Segundo Menor País da África e a Capital do Chocolate

São Tomé e Príncipe é o segundo menor país da África, perdendo apenas para as Ilhas Seychelles. No entanto, há pouco mais de 100 anos, essa minúscula nação composta por duas ilhas era o maior produtor de chocolate do mundo.

Hoje, diversos produtores, como Corallo, estão revitalizando o comércio de cacau, utilizando variedades antigas e preservadas, fazendas históricas e o clima favorável do país para criar produtos de chocolate orgânico.

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3. Corallo: De Florença para o Mundo

Corallo estudou agronomia tropical em Florença, sua cidade-natal na Itália. Por mais de 30 anos, ele cultivou café no Zaire (hoje República Democrática do Congo), até se mudar para São Tomé e Príncipe quando a situação política no antigo país se deteriorou nos anos 1990. Sua missão era usar seu conhecimento sobre café para criar um chocolate com alto teor de cacau que não fosse amargo.

4. A Fazenda Terreiro Velho

Corallo encontrou os cacaueiros que procurava na fazenda Terreiro Velho, na ilha do Príncipe, a menor e mais preservada do país. Foi ali, a cerca de 130 km a nordeste de São Tomé, que ele se estabeleceu para aperfeiçoar o processo.

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Os fabricantes de chocolate artesanal utilizam técnicas diferentes nos principais estágios – colheita, fermentação, secagem e torrefação – para criar sutis diferenças de sabor. A técnica de Corallo envolve um meticuloso trabalho manual e seu próprio instinto.

Credito, Getty Images

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5. Origens no Brasil Colônia

As árvores que crescem na plantação de Corallo são descendentes dos primeiros cacaueiros de São Tomé e Príncipe.

A história do cacau na região remonta ao início dos anos 1800, quando o Rei de Portugal, Dom João VI, percebeu que estava prestes a perder o Brasil como colônia portuguesa. Antecipando a perda de receita da indústria brasileira de cacau, ele ordenou que cacaueiros fossem embarcados para a colônia portuguesa mais segura de São Tomé e Príncipe.

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6. O Nascimento das ‘Ilhas do Chocolate’

As árvores chegaram à ilha do Príncipe em 1819. Rapidamente, vieram pessoas escravizadas do oeste africano e trabalhadores contratados de outras colônias portuguesas, particularmente Cabo Verde, Angola e Moçambique, para trabalhar nas plantações que surgiriam em seguida.

Os cacaueiros se desenvolveram no rico solo vulcânico. No início dos anos 1900, São Tomé e Príncipe era o maior exportador de cacau do mundo, o que lhe valeu o apelido de ‘Ilhas do Chocolate’.

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7. O Declínio e a Revitalização

Entretanto, as condições de vida dos trabalhadores contratados eram tão ruins e seu tratamento pelos senhores da terra era tão brutal que, em 1910, fabricantes de chocolate britânicos e alemães boicotaram o ‘cacau português’, o que levou ao declínio das plantações locais.

As fazendas foram completamente abandonadas depois que São Tomé e Príncipe conquistou sua independência de Portugal, em 1975. Agora, elas estão em variáveis estados de decadência, com seus esqueletos de concreto sendo lentamente consumidos pela floresta.

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8. ‘O Cacau é Como o Vinho’

Credito, Getty Images

A Roça Sundy, que já foi a segunda maior fazenda da ilha do Príncipe, é um exemplo da renovação das fazendas de cacau. Hoje, a vida em Sundy continua, e muitos dos homens trabalham na plantação que se estende atrás do jardim, em direção ao mar.

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Jon McLea, diretor agrícola da empresa de ecoturismo e agroflorestamento HBD Príncipe, que agora é dona da Roça Sundy, explica que ‘o cacau é como vinho. Se você descansar um pouco entre as etapas, seu sabor é melhor’.

9. O Chocolate Paciencia Organic

A Roça Sundy não apenas produz cacau, mas também fabrica chocolate. O chocolate, comercializado sob a marca Paciencia Organic, é produzido na própri

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Para informações adicionais, acesse o site

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