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O Impacto Duradouro do Desastre de Mariana
Em 5 de novembro de 2015, uma tragédia sem precedentes atingiu a comunidade de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), quando a barragem de rejeitos da mineradora Samarco rompeu, liberando um mar de lama que varreu a cidade e arrasou inúmeras vidas.
Vítimas do Desastre
Atingidos por este desastre, muitos perderam tudo: casas, comércios, sítios e lotes foram engolidos pela lama. Além disso, e mais trágico, 58 pessoas perderam a vida antes que a reconstrução da comunidade fosse concluída.
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‘São pessoas que morreram sem reparação’, disse Rodrigo Vieira, coordenador de projetos da Cáritas.
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A Luta por Justiça
A luta dos atingidos por justiça não se limita às fronteiras do Brasil. Mesmo com sedes na Austrália e na Inglaterra, a BHP Billiton, uma das responsáveis pela Samarco, enfrenta um processo movido na Justiça inglesa desde 2018.
O Valor da Causa
A ação na Justiça inglesa estima o valor da causa em 66 bilhões de libras, o que equivale a aproximadamente R$ 230 bilhões. Os advogados também pedem que sejam fixados juros calculados em 12% ao ano desde a data da tragédia.
Divisão dos Recursos
Caso a decisão seja favorável, a divisão dos recursos deve considerar a participação percentual nos danos totais estimados: 66% dos indivíduos, 23% dos municípios, 10% das empresas. O 1% restante refere-se às instituições religiosas, que alegam prejuízos patrimoniais e abalos nos laços com as comunidades devastadas.
Reconstrução e Reassentamento
Apesar da tragédia, surgem esperanças de um novo começo. A Fundação Renova, criada após o desastre, é responsável pela gestão de 40 programas de reparação, financiados com recursos das três mineradoras envolvidas.
Bento Rodrigues
Em Bento Rodrigues, das 248 edificações previstas, 168 já tiveram suas obras finalizadas. Em abril deste ano, as primeiras famílias receberam as chaves de suas novas casas.
Paracatu
Em Paracatu, já foram concluídos 66 dos 93 imóveis previstos, sendo que 19 já foram entregues aos atingidos.
Críticas à Fundação Renova
A Fundação Renova tem enfrentado críticas por parte da Cáritas, que afirma que a entidade não respeitou integralmente o modo de vida das comunidades.
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‘As pessoas atingidas, em sua maioria, plantavam e colhiam seus próprios alimentos, sem a utilização de agrotóxicos, criavam animais para consumo, pescavam nos rios, coletavam lenha, plantas medicinais e madeira nas matas e, frequentemente, trocavam alimentos entre a vizinhança, familiares e amigos’, diz a entidade.
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Conclusão
O desastre de Mariana deixou marcas profundas, mas também uma lição valiosa: a importância da responsabilidade corporativa e do respeito ao meio ambiente. A luta por justiça continua, tanto no Brasil quanto no exterior, para que os atingidos possam finalmente encontrar algum tipo de reparação.
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