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O Apagão e a Restrição do Fluxo de Energia – Uma Análise Profunda
O recente apagão que afetou cerca de 29 milhões de brasileiros trouxe à tona a questão da gestão de energia no país. Este artigo explora o incidente, suas causas e as medidas tomadas para prevenir futuros apagões.
1. O Incidente
No dia 15 do último mês, um apagão severo(https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/ons-confirma-queda-de-energia-em-varios-estados-brasileiros) atingiu quase todo o país, deixando aproximadamente 29 milhões de brasileiros sem energia elétrica. Apenas Roraima, que não está integrado ao Sistema Interligado Nacional, não foi afetado.
2. A Resposta do ONS
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) foi forçado a diminuir a quantidade de energia acessível na rede que conecta as diversas regiões do Brasil. ‘Precisávamos diminuir a energia circulando na rede’, afirmou Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.
3. As Causas do Apagão
Durante a reunião conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Ciocchi revelou que os especialistas do setor elétrico já identificaram ao menos duas causas que levaram quase todo o país a ficar sem energia elétrica.
3.1 Desligamento da Linha de Transmissão
A primeira causa identificada foi o desligamento(https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/linha-de-transmissao-desligou-milissegundos-antes-de-apagao) da linha de transmissão 500kV Quixadá-Fortaleza devido a uma ‘atuação indevida do sistema de proteção’, que ainda está sendo investigada.
3.2 Falha em Equipamento
A segunda causa identificada foi uma falha em um regulador de tensão de uma usina, que demorou milissegundos além do previsto para entrar em operação após a falha na linha de transmissão. Essa demora inesperada sobrecarregou o sistema, gerando um efeito em cascata.
4. Medidas Precautórias do ONS
Após o reestabelecimento do serviço para todo o país, o ONS decidiu, por precaução, determinar a redução do volume de energia disponível na rede até que as causas do apagão estejam devidamente esclarecidas.
5. Operação Conservadora
Quando um evento de grandes proporções ocorre e suas causas ainda não estão completamente identificadas, o ONS tem a prerrogativa de assumir uma operação mais conservadora. Neste caso, essa operação envolveu a redução do fluxo de energia nas linhas de transmissão que conectam a Região Nordeste à Região Sudeste, o Norte com o Sudeste e o Norte com o Nordeste.
6. Corte na Produção Eólica e Solar
Por razões operacionais, decidiu-se ‘cortar’ parte da produção eólica e solar. ‘As usinas hidrelétricas do Rio São Francisco já estão operando com sua vazão e geração mínimas e não poderíamos reduzir ainda mais. A geração termoelétrica, em todo o Brasil, já estava trabalhando de forma que não poderia ser reduzida. Portanto, como o grande exportador do Nordeste são as fontes eólicas e solares, foi aí que tivemos que cortar’, explicou Ciocchi.
7. Restrição Momentânea
Ciocchi garantiu que ‘a restrição do fluxo de energia’ será momentânea e não impede que ‘100% das necessidades brasileiras sejam atendidas, de forma segura’.
8. A Controvérsia do Termo ‘Apagão’
Durante a mesma audiência, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, refutou o uso do termo apagão para se referir ao ocorrido no dia 15. Segundo ele, o termo dá a impressão à população de que o país corre risco de suprimento energético.
9. O Risco de Colapso Energético
Silveira também lembrou que, há menos de dois anos, o Brasil esteve à beira de um colapso energético que custou ao povo brasileiro cerca de R$ 60 bilhões.
10. Conclusão
A análise do recente apagão é um lembrete da necessidade de uma gestão de energia eficiente e eficaz. Ainda que medidas precautórias tenham sido tomadas, a busca por soluções a longo prazo deve continuar para garantir a segurança e a estabilidade do suprimento de energia no Brasil.
Fonte: EBC GERAL(https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/apagao-motivou-ons-determinar-restricao-do-fluxo-de-energia#a71cc888-cc8c-4e21-975b-a952d28fec75)
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