Inovação e Tradição – Os Novos Sabores do Mate nas Praias do Rio

Um ícone eterno na memória dos cariocas e turistas, a imagem do vendedor de mate e biscoito de polvilho passa por uma revolução. Além do habitual uniforme laranja, agora se vê uniformes estampados com figuras de tucanos, tigres e onças nas cores rosa, preto e azul.

O Capacete Amarelo e a Inovação

Um exemplo dessa inovação é Jeferson Batista Ferreira, conhecido como Capacete Amarelo. Ex-trabalhador industrial e vendedor de mate há mais de uma década, Jeferson decidiu usar seu capacete de segurança do antigo trabalho para se destacar na praia.

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‘Decidi usar o capacete para inovar’, diz Jeferson Batista Ferreira, o Capacete Amarelo.
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A Importância dos Novos Uniformes

Para a estudante de medicina Nathalia Abeya, moradora de Ipanema, os novos uniformes ajudam a identificar os vendedores que ela já conhece e gosta.

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‘Esses uniformes diferentes ajudam a identificar os vendedores que a gente conhece e gosta’, opina Nathalia.
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Criatividade nos Sabores

Não é apenas nos uniformes que a inovação está acontecendo. Agora, além dos tradicionais sabores de mate e limão, podemos encontrar suco de maracujá, mate com gengibre e pink lemonade (limonada rosa).

Na Zona Sul do Rio, onde os esportes são moda, as versões sem açúcar são as escolhas mais populares entre os membros da geração saúde.

O Mate do Bigode e a Parceria com a Moda Praia

Um dos pioneiros nessa onda de inovação é o Mate do Bigode. Com uniformes coloridos e vendedores identificados por óculos escuros e bigodes, o Mate do Bigode chamou a atenção da marca de moda praia Zille Rio, que decidiu patrocinar os uniformes estampados.

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‘Eles acompanhavam nosso trabalho, eu conheço a criadora da loja de biquínis e decidimos fazer essa parceria’, conta Bigode.
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O Mate e o Patrimônio Cultural do Rio

A venda de mate, limonada e biscoito polvilho é considerada Patrimônio Cultural do Rio desde 2012, quando o prefeito Eduardo Paes assinou um decreto em homenagem à tradição.

Legalização e Regulamentação

Apesar da inovação nos uniformes e sabores, todos os vendedores de mate precisam estar licenciados. Atualmente, 90 vendedores estão licenciados para comercializar mate nas praias do Rio.

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‘Todos precisam estar com o crachá, que tem um QR code no qual é possível verificar se ele é regulamentado. O uso do crachá é obrigatório’, explica a Secretaria municipal de Ordem Pública.
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Concorrência e Controvérsias

A chegada dos novos vendedores de mate divide opiniões. Alguns apreciam a inovação e a diversidade, enquanto outros acreditam que a tradição deve ser preservada.

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‘Fugir do padrão do laranja é fugir da tradição da praia, dos mateiros. É um desrespeito à classe’, opina Jeferson Ferreira, o Capacete Amarelo.
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Expansão e Diversificação

Apesar da controvérsia, a diversificação já é notada pelo público e se expande. Hoje, já é possível encontrar mate com maracujá em Copacabana, e mate com gengibre em Ipanema.

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‘É preciso se adaptar às situações para sobressair’, diz Brayan Oliveira, vendedor de roupas e morador dos arredores da Avenida Atlântica.
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Do Mar para as Festas

Além das praias, os vendedores de mate estão sendo contratados para eventos privados. O Mate do Bigode, por exemplo, já expandiu os negócios e levou seus vendedores para Santa Catarina.

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‘Eu mesmo já não trabalho nas praias, fico só na administração ou nos eventos. A procura está tão alta que já estamos investindo na compra de mais material’, conta Bigode.
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A tradição do vendedor de mate e biscoito de polvilho nas praias do Rio de Janeiro está passando por uma revolução. Com novos uniformes, novos sabores e novas oportunidades, a cultura do mate está se reinventando e se expandindo para além das areias cariocas.

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