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Homicídio da jovem Thamires – A luta contínua por justiça
A história trágica de Thamires Lima Torres, uma garota de 9 anos que foi asfixiada até a morte, continua a ser um caso que chama a atenção. O julgamento de seu suposto assassino, seu próprio pai, está programado para esta quinta-feira . Espera-se que a sessão comece às 9h, na 1ª Vara do Júri do Fórum Clovis Bevilaqua, onde Rodson Rui de Oliveira Torres(https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/pai-acusado-por-matar-filha-de-9-anos-asfixiada-vai-a-juri-em-fortaleza-17-anos-apos-o-crime-1.3392092) será o réu.
O adiamento do julgamento
Anteriormente, o júri estava agendado para o último dia 17 de julho. No entanto, a defesa do réu não compareceu ao julgamento. Silvia Amelia de Lima Torres, mãe de Thamires, expressou sua fé e determinação: ‘A justiça de Deus nos dá força para continuar’. Ela espera há 17 anos pelo desfecho do caso.
O julgamento já foi adiado outras duas vezes. Rodson é acusado de assassinar sua própria filha em 2006, dentro de casa. A defesa do réu não foi localizada pela reportagem.
De acordo com a acusação, o réu responde ao processo em liberdade, ‘levando uma vida normal, certo de que sairá impune’.
> Silvia Amelia
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> Mãe da vítima
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> ‘Eu e os familiares de Thamires estamos muito confiantes que a justiça dará uma resposta favorável. Não trará Thamires de volta, mas a justiça dos homens será feita. A justiça de Deus prevalece e nunca nos abandonou, nos deu força para continuar’
Legenda: Thamires foi morta dentro de casa
Foto: Arquivo Pessoal
A espera por justiça
Marcela Lima, tia da vítima, expressa a ansiedade da família para que Rodson compareça ao júri: ‘São 17 anos que aquela noite é lembrada todos os dias em nossos corações. Era uma criança de nove anos cheia de vida, radiante, que fazia balé, participava do coral. Ela foi tirada de nós e desde então vivemos esperando uma resposta’.
As circunstâncias do crime
No fatídico dia de 3 de junho de 2006, a criança estava em casa, no bairro Henrique Jorge, apenas na companhia do pai. A menina foi encontrada pela mãe, já sem vida, e o pai alegou que ‘ela teria se acidentado se enrolando na rede em que brincava e acabou morrendo sufocada’.
A perícia, no entanto, indicou que não seria viável a hipótese de suicídio por enforcamento, principalmente pelos resultados apresentados no laudo cadavérico.
Os ferimentos no pescoço da vítima ‘são contínuos, o que não acontece em casos de enforcamento ou acidente quando o peso da vítima faz com que os sulcos sejam ascendentes’
Rodson Rui foi indiciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de meio cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
> MPCE
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> ‘Verifica-se, portanto, que a verdade foi finalmente trazida à tona: Rodson, que não chegava perto de ser um pai exemplar, como afirmado anteriormente, pôs fim à vida da filha. Tal fato, inclusive, deixou claro o motivo do banho dado em Thamires após sua morte: retirar qualquer indício que pudesse apontar seu executor. A torpeza na atitude de Rodson restou claramente demonstrada, pois este matou a criança pela vileza da pura maldade, para satisfazer sua vontade criminosa e assassina’
Em março de 2019, a Justiça proferiu a sentença de pronúncia. A defesa do réu recorreu da decisão, mas em maio de 2020 a pronúncia (levar o acusado a júri popular) foi mantida.
Agora, os advogados Sarah Suzye, Jessica Rodrigues e Felipe Kuhn, da assistência de acusação, expressam que ‘a expectativa é de um julgamento justo. Finalmente a família vê a possibilidade de fechar esse ciclo marcado por tanta dor’.
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