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Expoacre 2023 – Extrativismo e Produtos da Sociobiodiversidade em Foco

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O primeiro dia do ciclo de palestras da Expoacre 2023, realizada entre 31 de julho e 5 de agosto, foi dedicado à cadeia produtiva da castanha-da-amazônia, também conhecida como castanha-do-pará ou castanha-do-brasil. O evento aconteceu na Unidade Demonstrativa da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) e reuniu extrativistas, produtores rurais, técnicos da extensão rural, gestores públicos e pesquisadores de várias instituições.

A Importância do Extrativismo em Rede

A pesquisadora Lúcia Wadt, chefe geral da Embrapa Rondônia, em sua apresentação no evento, enfatizou a importância do extrativismo em rede. Ela mencionou o Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA) como uma rede crucial de organizações que atuam e contribuem para o desenvolvimento da cadeia de valor da castanha e para a consolidação de um mercado justo que valoriza os povos e comunidades que promovem a conservação da floresta.

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Coletivo da Castanha: A Iniciativa do OCA

Uma das iniciativas do OCA é o Coletivo da Castanha, um grupo de WhatsApp que atua como um canal de comunicação entre extrativistas e organizações de vários estados da Amazônia. O objetivo é facilitar a troca de informações.

> ‘Os extrativistas têm acesso a informações sobre a produção na safra e o preço da castanha em diversas localidades da Amazônia, permitindo que os castanheiros se mantenham informados na hora de negociar o produto e obtenham um preço melhor’, explica Wadt.

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Conexão e Interação entre Extrativistas

Wadt reforça que, além das questões econômicas, no Coletivo da Castanha, os extrativistas percebem que os problemas enfrentados em uma determinada região são semelhantes aos de outros estados da região.

> ‘Conectados em um grupo, há maior interação. A experiência de um pode ajudar a resolver um problema de outro’, reforça a pesquisadora.

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A Contribuição da Pesquisa à Cadeia Produtiva

No evento, a pesquisadora Cleisa Cartaxo, da Embrapa Acre, apresentou ao público as contribuições da pesquisa para a cadeia produtiva da castanha-da-amazônia. Ela destacou as vantagens da adoção das Boas Práticas de Produção de Castanha, um ativo qualificado pela Embrapa e disponibilizado ao setor produtivo e às instituições de assistência técnica.

Boas Práticas e Segurança Alimentar

Cartaxo pontua que as boas práticas permitem que o extrativista produza uma castanha dentro dos padrões nacionais e internacionais de segurança alimentar. Além disso, possibilitam um adicional pago pelo produto, reduzindo perdas tanto para os extrativistas como para as usinas beneficiadoras.

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Necessidade de Engajamento e Aumento de Produção

A pesquisadora também destacou a necessidade de um maior engajamento dos extrativistas na adoção desses procedimentos e um aumento do volume de produção para atender mercados que dão preferência por uma castanha de melhor qualidade.

Análise da Engenheira Agrônoma Eneide Taumaturgo

Eneide Taumaturgo, da equipe técnica da Seagri e organizadora do painel, considerou o evento muito proveitoso. Ela acredita que as discussões ajudarão a construir políticas públicas de agregação de valor dos bioprodutos da Amazônia.

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> ‘Tivemos uma participação muito boa dos produtores, o que demonstra que estão ávidos por informação, novos conhecimentos e por projetos que possam desenvolver as cadeias dos produtos extrativistas, que têm grande potencial, mas precisam de melhorias para alcançar novos nichos de mercado’, comenta Eneide.

Convergência com as Ações do Governo do Acre

Eneide afirma que as boas práticas de produção recomendadas pela Embrapa convergem com as ações do Governo do Acre. Segundo ela, o objetivo é trabalhar uma marca coletiva, um selo orgânico, e atender a um mercado muito exigente, principalmente no caso da castanha, que é um produto consumido in natura.

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A Visão do Extrativista Duda Mendes

Duda Mendes, extrativista residente no Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes, conhecido popularmente como Seringal Cachoeira, diz que sem floresta, o extrativista não tem para onde ir.

> ‘A castanha é a nossa sobrevivência. Quem tem um castanhal tem renda garantida. Mas precisamos organizar melhor a rede de castanheiros do Acre, seja participando de grupos no WhatsApp ou realizando encontros. Isso vai nos possibilitar discutir assuntos de interesse, principalmente, com relação ao preço da castanha na hora de negociar a produção. Unidos, temos apenas a ganhar’, reforça Duda.

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Duda também enfatizou a necessidade de discutir um subsídio para a castanha, pois é um produto que gera emprego e a atividade proporciona a conservação da floresta e das castanheiras.

Mais informações sobre o tema podem ser encontradas no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)(https://www.embrapa.br/fale-conosco/sac/).

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Para informações adicionais, acesse o site

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