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Explorando a Tríade - Emprego, Inflação e Taxa de Juros do Banco Central Explorando a Tríade - Emprego, Inflação e Taxa de Juros do Banco Central

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Explorando a Tríade – Emprego, Inflação e Taxa de Juros do Banco Central

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Photo by PublicDomainPictures on Pixabay

A Preocupação com o Aquecimento do Mercado de Trabalho

Em um comunicado recente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil expressou sua apreensão em relação às ‘pressões nos mercados de trabalho’ globais. Esse fator foi citado como um dos elementos considerados para reduzir a velocidade de diminuição dos juros básicos da economia brasileira. Ademais, o Copom acrescentou que o mercado de trabalho nacional está apresentando ‘maior dinamismo que o esperado’.

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Essa preocupação levantada pelo BC reflete uma antiga teoria econômica conhecida como a curva de Phillips. Formulada há mais de seis décadas, essa teoria sugere que, à medida que o desemprego diminui, a inflação tende a aumentar, e vice-versa. Essa relação tem sido um ponto central no debate sobre a taxa de juros no Brasil, com o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, expressando sua apreensão de que a elevação dos salários possa gerar pressões inflacionárias.

A Curva de Phillips e Suas Implicações

De acordo com César Bergo, professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB), quando o desemprego atinge níveis historicamente baixos, ‘você acaba tendo algumas pressões inflacionárias em função, primeiro, da melhoria de toda a renda e também acaba havendo um aumento de salário porque a oferta de emprego está praticamente esgotada e não tem mais pessoas para assumir postos de trabalho e aí você aumenta o salário’.

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Bergo explica que, segundo a teoria monetária por trás da curva de Phillips, o aumento do consumo decorrente de uma maior renda pode impulsionar a inflação, uma vez que a procura aumenta enquanto a oferta permanece constante, levando a um aumento nos preços.

No entanto, essa visão não é compartilhada por todos os economistas. Maria Lourdes Mollo, professora de economia da UnB, argumenta que o Brasil está longe do pleno emprego e que a visão expressa pelo BC e por Campos Neto é conservadora e equivocada.

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A Visão Heterodoxa: Produção Compensatória

Mollo sustenta que a suposição de que a injeção de dinheiro na economia, por meio de salários ou crédito, não resultará em um aumento da capacidade de produção é questionável. Em vez disso, ela destaca que o aumento da produção pode compensar as pressões inflacionárias causadas pelo crescimento da demanda.

‘Em um primeiro momento, você aumenta a demanda devido ao aumento dos salários. E, num segundo momento, você vai afetando também a capacidade produtiva que vai aumentando. Então, a médio prazo, o impacto disso é aumentar a produção e reter o crescimento dos preços’, argumenta Mollo.

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Essa visão heterodoxa sugere que uma perspectiva conservadora permite manter a taxa de juros alta para evitar o crescimento da economia, mesmo que esse crescimento não seja necessariamente inflacionário.

A Perspectiva Global: O Mercado Mundial como Amortecedor

Maria Mello de Malta, professora de economia política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), compartilha uma visão semelhante à de Mollo. Ela argumenta que um menor desemprego e salários mais altos não geram necessariamente mais inflação, especialmente em uma economia aberta como a brasileira.

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‘O país que tem a maior produção mundial, que é a China, está com a capacidade ociosa alta, e a China está louca para atender à demanda mundial. A relação entre inflação e desemprego, ela só é do jeito que está querendo a cabeça do presidente do Banco Central se todo mundo estiver empregado, todo capital estiver empregado e todas as terras estiverem empregadas produzindo coisas’, explica Malta.

Essa perspectiva sugere que, mesmo que a produção interna não possa compensar a pressão inflacionária de um aumento do emprego e salários, a produção mundial poderia atuar como um amortecedor, mitigando os efeitos inflacionários.

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A Taxa Estrutural de Desemprego e o Equilíbrio Salarial

Mauro Sayar, professor de economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), traz uma visão complementar à discussão. Ele explica que a preocupação com o aquecimento do mercado de trabalho existe em todos os bancos centrais do mundo, e o problema ocorre quando o salário cresce acima da produtividade do trabalho.

Sayar destaca que, quando o salário cresce na mesma velocidade da produtividade, ou seja, da capacidade de gerar produtos, esse crescimento salarial é sustentável e não gera pressão inflacionária.

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No entanto, o especialista salienta que as economias têm taxas estruturais de desemprego que, quando diminuem abaixo desse nível estrutural, há risco de pressões inflacionárias. Ele avalia que essa taxa estrutural gira em torno de 8% no Brasil, e quando ela está abaixo desse nível, ‘acende uma luz amarela’.

A Prudência do Banco Central e o Risco Inflacionário

Sayar defende que a atuação do BC tem sido prudente, uma vez que o risco de a inflação sair do controle existe e pode prejudicar toda a economia de forma estrutural. ‘E, se o Banco Central vacilar, acontece aquilo que a gente já passou. A inflação sobe e perde controle. Depois o custo é muito mais elevado. E aquele ganho de salário não vai ficar com a sociedade. Ele vai subir preços de forma geral e preços que nunca mais caem’, alerta.

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Essa perspectiva destaca a importância de manter a inflação sob controle para evitar um impacto negativo duradouro na economia e na sociedade como um todo.

O Papel da Taxa Básica de Juros

A taxa básica de juros, definida pelo BC, influencia as demais taxas de juros, como as dos bancos, impactando também o n

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‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.
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