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Estudantes Trabalham nas Férias para Custear Ensino Superior – A Bolsa de Estudos Não Cobre Nem a Mensalidade” “
O custo de vida em ascensão, já evidente no número de portugueses que lutam para pagar uma refeição completa(https://expresso.pt/economia/2023-07-10-Aumenta-a-percentagem-de-portugueses-sem-capacidade-para-pagar-uma-refeicao-completa-127fb24a), também impacta os estudantes.
O Impacto do Aumento do Custo de Vida nos Estudantes
Muitos estudantes relatam que tiveram que cortar gastos não essenciais, como saídas para lazer ou compras pessoais, ou até mesmo reduzir a quantidade de alimentos que compram no supermercado, para poder continuar a atender às despesas básicas.
> ‘O aumento da inflação foi sentido muito nos estudantes. Esta preocupação, este impacto nas famílias é sentido diretamente nos estudantes e, portanto, a ansiedade financeira aumenta.’ – Ana Gabriela Cabilhas, presidente da Federação Acadêmica do Porto.
A Necessidade de Trabalhar nas Férias
Para muitos estudantes, trabalhar durante as férias tornou-se a solução para complementar a renda e ajudar nas despesas que o ano letivo garante. Muitos chegam a trabalhar mais de 40 horas semanais e em turnos para ganhar dinheiro extra.
O Caso de Carolina Coelho
Carolina Coelho, de 21 anos, concluiu recentemente sua graduação e está procurando entrar no mercado de trabalho. Mas este não será seu primeiro emprego. Logo após o ensino médio, ela buscou um emprego que lhe permitisse aumentar o orçamento. ‘Como a universidade ficava longe de minha residência habitual, eu não só tinha que pagar pela alimentação e pela mensalidade, mas também pelo aluguel’, conta Carolina.
A Experiência de Jessica Cordeiro
Jessica Cordeiro, também recém-formada, sempre procurou trabalhar no verão para ajudar os pais com as despesas e se tornar mais ‘financeiramente independente’. Ela sente o impacto do aumento dos preços principalmente nos transportes e na alimentação.
‘Mesmo com o apoio da bolsa de estudos, muitas vezes o valor não era suficiente para a mensalidade do mês, e nos primeiros meses nem sobrava dinheiro suficiente para o passe de transporte’, lembra Jessica.
Trabalhar na Universidade
O agravamento das condições financeiras tem levado mais alunos a procurar ‘bolsas de colaboradores’, um mecanismo criado por algumas instituições de ensino superior para que os estudantes possam trabalhar e receber um pagamento que possam usar para cobrir os custos dos seus estudos.
‘Queremos contribuir para que nenhum estudante fique fora do ensino superior’, diz Maria Alzira Cavacas, professora da Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz. ‘O número de estudantes que procuram as bolsas de colaboradores aumenta, e muitos sentem que as bolsas de ação social não estão chegando a quem precisa’, detalha Cabilhas.
A História de Joana Fialho
Joana Fialho, estudante de Psicologia, é um exemplo de estudante que se beneficia dessas bolsas. Ela escolheu a Egas Moniz como sua instituição preferencial, mas os altos custos eram um desafio.
‘No entanto, as bolsas de colaboração eram mais úteis’, defende. Com essas bolsas, a instituição pretende aliviar o ‘peso’ que alguns alunos sentem ao acessar o ensino superior.
Conclusão
O aumento do custo de vida tem impactado diretamente a vida dos estudantes. A necessidade de trabalhar durante as férias ou buscar bolsas de colaboração nas próprias instituições de ensino tornou-se uma realidade para muitos. Apesar das dificuldades, esses estudantes seguem em frente, buscando maneiras de custear seus estudos e construir um futuro melhor.
Artigo escrito por Catarina Vitória Lopes, revisado e editado por Pedro Miguel Coelho
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