Estudantes da escola Paquetá criam maquetes para reproduzir casas enxaimel

Introdução

A Escola de Educação Fundamental Paquetá realizou, pelo segundo ano consecutivo, o concurso escolar de maquetes que emprega a técnica de construção enxaimel. O projeto multidisciplinar envolveu as turmas do 8º ano, abrangendo as disciplinas de matemática e língua portuguesa.

O concurso é um dos componentes do projeto ‘Semana de Brusque’, que tem sido implementado na Escola Paquetá desde 2015, sob a coordenação da professora de história Regiane Pedrini Fischer.

A Construção das Maquetes

Para a criação das maquetes, os alunos tiveram a liberdade de escolher qualquer tipo de material, inclusive recicláveis. Além da maquete, era necessário incluir uma imagem da construção real que inspirou o trabalho, fornecendo detalhes sobre sua localização.

Compreensão da História

No projeto, a professora Regiane ressalta que Brusque, fundada em 1860 por imigrantes europeus, recebeu uma grande quantidade de imigrantes, principalmente alemães, italianos, poloneses e irlandeses. Ela também destaca a diversidade da população atual de Brusque, que atrai pessoas de diferentes partes do Brasil, como o Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Pará, entre outros.

A professora percebeu que a identidade histórica e cultural de Brusque, que é amplamente estudada na escola, estava distante da realidade dos alunos. Muitos deles, nascidos em outros municípios, não conseguiam estabelecer uma conexão entre suas histórias pessoais e a história coletiva da cidade. Por isso, o projeto foi criado com o objetivo de contribuir para a formação cultural e histórica dos alunos, dando um novo significado à realidade em que vivem.

Objetivos do Projeto

Os alunos foram desafiados a construir uma maquete 3D, inspirada na arquitetura colonial com a técnica de construção enxaimel, que foi muito utilizada durante o processo de colonização de Santa Catarina nos séculos 19 e 20.

O projeto visava a conectar as experiências pessoais dos alunos com as das gerações passadas, a estimular um olhar mais atento para a arquitetura local, a valorizar o patrimônio histórico de Santa Catarina, a aprofundar os conhecimentos sobre Brusque nas áreas sociais, materiais e culturais, e a desenvolver a leitura do contexto histórico e cultural através de uma perspectiva crítica e reflexiva, contribuindo para o exercício da cidadania.

A professora Regiane também destaca que o projeto tinha como objetivo relacionar o fim da escravidão no Brasil no século 19 e as políticas migratórias no Brasil imperial com o processo de colonização do Vale Europeu em Santa Catarina.

Aplicação de Matemática e Língua Portuguesa

O projeto também incorporou os componentes curriculares de matemática e língua portuguesa, através do uso de fórmulas, raciocínio lógico e cálculos, além da criação, desenvolvimento e apresentação do projeto.

Premiação

Os trabalhos foram expostos para apreciação da comunidade escolar e avaliação da comissão julgadora do concurso. Os alunos premiados foram Bryan Ribeiro Neves, do 8º ano A, que ficou em primeiro lugar, Sofia Pozzi, do 8º ano A, que ficou em segundo, Yasmin Erhardt Martins, do 8º ano B, que ficou em terceiro, e Micaely Gonçalves da Silva, também do 8º ano B, que ficou em quarto.

Os alunos foram premiados com medalhas, certificados de participação no concurso, além de ingressos para o parque Beto Carrero World (para o primeiro lugar) e para a FG Big Wheel (para o segundo, terceiro e quarto lugares).

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