Javier Milei – O candidato argentino que promete pagar a dívida e fechar o banco central

Javier Milei, a figura proeminente nas eleições primárias da Argentina, surpreendeu o público com suas propostas audaciosas em uma entrevista recente à Bloomberg News. O candidato presidencial prometeu encerrar as atividades do banco central do país e fazer todo o possível para evitar um default na dívida soberana, caso seja eleito em outubro.

Ajuste fiscal e perfil de crédito

Milei, cujo sucesso inesperado nas primárias dominou as manchetes, acredita que sua estratégia de ajuste fiscal irá melhorar a reputação e o perfil de crédito da Argentina, tornando um default desnecessário. Seu plano inclui uma redução significativa nos gastos públicos, equivalente a pelo menos 13% do Produto Interno Bruto (PIB) até meados de 2025.

Estratégias para redução de gastos

Para alcançar essa economia, Milei propõe a diminuição de obras públicas, a redução do número de ministérios e a eliminação de subsídios. Além disso, ele planeja implementar restrições de capital que permitiriam às empresas fazer transações em dólares americanos.

Fechamento do banco central

Entre suas propostas mais radicais, Milei planeja fechar o banco central da Argentina, que ele considera ‘sem motivo para existir’, e dolarizar a economia de US$ 640 bilhões.

> ‘Farei todo o esforço para evitar um default, obviamente’, disse Milei em uma entrevista de duas horas em Buenos Aires, na quarta-feira (16). ‘Se você fizer o ajuste fiscal necessário, o financiamento estará lá.’

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Impacto das primárias

A vitória de Milei nas primárias causou uma venda maciça de ativos argentinos, uma vez que poucos investidores consideravam Milei um concorrente sério antes das primárias. A reação do mercado forçou o governo a desvalorizar sua taxa de câmbio oficial, controlada rigorosamente, em 18%.

Abandono do peso argentino

Em sua primeira entrevista à imprensa estrangeira após sua vitória surpreendente, Milei detalhou seu plano de abandonar o peso argentino em favor do dólar americano. Ele vê essa medida como uma forma de reduzir a inflação, atualmente em 113%, e intensificou suas críticas ao banco central.

> ‘Os bancos centrais estão divididos em quatro categorias: os ruins, como o Federal Reserve, os muito ruins, como os da América Latina, os terrivelmente ruins e o Banco Central da Argentina’, disse ele.

Dolarização da economia

Se Milei for eleito presidente, ele planeja entregar as chaves do banco central ao economista Emilio Ocampo, seu assessor informal no programa de dolarização, para que ele possa fechá-lo.

Negociações com o FMI

Ocampo também ajudará nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem um programa de US$ 44 bilhões com o país. Milei declara que não tem planos de pedir mais dinheiro ao FMI.

> ‘Um déficit fiscal é imoral’, disse Milei. ‘Se você vive continuamente com um déficit fiscal, vai ficar insolvente.’

ing – 2023-08-16 23:36:41.218063## Plano de dolarização

Milei afirma já ter desenvolvido um plano para dolarizar a economia, uma medida que ele promete ser uma das primeiras em caso de vitória nas eleições de 22 de outubro. A Argentina seguiria o modelo de El Salvador, permitindo que as pessoas escolhessem voluntariamente entre as moedas.

> ‘Se ninguém quiser ter pesos na Argentina, a pergunta é quanto os pesos valem em termos reais? Ninguém os quer, não estamos falando de água no meio do deserto. Estamos falando de algo que ninguém quer’, disse Milei.

Conclusão

A campanha eleitoral de Milei tem sido marcada por suas propostas radicais e sua vitória nas primárias tem causado temor nos mercados. No entanto, ele mantém sua convicção de que suas medidas são necessárias para a recuperação econômica da Argentina.

Agora resta aos eleitores argentinos decidir se estão dispostos a aceitar essas mudanças drásticas ou se optarão por um caminho mais tradicional nas próximas eleições.

> — Com a colaboração de Patrick Gillespie e Sydney Maki.

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ing – 2023-08-16 23:36:56.219118## Leia também

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