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Desvendando a Comparação Enganosa entre Dados de Emprego dos Governos Lula, Dilma e Bolsonaro
Introdução
Um recente post na internet alega que Bolsonaro gerou mais empregos que os governos de Lula e Dilma juntos. Porém, é fundamental entender que essa alegação é enganosa e carece de uma análise mais profunda. Para entender completamente a situação, precisamos primeiro examinar os dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Controvérsia Desmascarada
Segundo os dados oficiais do MTE, os mandatos petistas, na realidade, geraram mais que o triplo de empregos formais que o mandato de Bolsonaro. Considerando a média anual de criação de empregos, o segundo mandato de Lula é o que fica em primeiro lugar.
A postagem em questão utiliza números do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mas devido a uma mudança de metodologia em 2020, não é possível comparar números de anos anteriores usando esses dados.
Por que a Comparação é Enganosa?
A postagem analisada utiliza números do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Como houve uma mudança de metodologia em 2020, não é possível comparar números de anos anteriores usando esses dados. O antigo Caged era feito de forma opcional, ou seja, as empresas se voluntariavam para preencher as informações.
A partir de 2020, o MTE começou a usar informações inseridas no eSocial e no EmpregadorWeb, sistemas públicos que as empresas são obrigadas a divulgar seus dados. A análise de especialistas é que a mudança aumentou a base de informações usadas para a construção dos resultados e, por isso, os números depois de 2020 são maiores, não sendo possível fazer comparações.
Onde os Dados Podem ser Comparados?
Uma comparação mais adequada pode ser feita usando os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A RAIS é composta com base no preenchimento obrigatório, para todos os estabelecimentos, inclusive aqueles sem ocorrência de vínculos empregatícios no exercício.
Na comparação realizada aqui, foi necessário preencher o ano de 2022 com números do Novo Caged, pois o levantamento da RAIS referente a 2022, último ano da gestão de Bolsonaro, ainda não foi divulgado.
Mudanças de Metodologia do Caged
A partir de 2020, a metodologia para contabilizar a criação de empregos no país mudou. O sistema, além da pesquisa realizada mensalmente com os empregadores, passou a puxar dados do eSocial e do EmpregadorWeb, onde são registrados pedidos de seguro-desemprego.
A mudança gerou impacto porque a declaração dos vínculos temporários à pesquisa do Caged é opcional, mas a inserção no eSocial, que passou a ser contabilizada, é obrigatória.
## Governo Bolsonaro não Criou Mais Empregos que Lula e Dilma
Ao analisar os dados da RAIS e do Novo Caged, fica claro que Bolsonaro não gerou mais empregos formais que Lula e Dilma. Entre 2003 e 2016, o número de empregos com carteira assinada criados no Brasil totalizou 17.376.285. Já entre 2019 e 2022, foram 4.111.504 novos empregos formais criados.
Conclusão
Uma análise detalhada dos dados de emprego durante os mandatos de Lula, Dilma e Bolsonaro revela que as alegações de que Bolsonaro gerou mais empregos são enganosas. É importante lembrar que comparações diretas entre diferentes períodos podem ser enganosas devido a mudanças na metodologia de coleta de dados.
Ao encontrar esse tipo de postagem, busque por informações nos canais oficiais e em veículos jornalísticos de confiança. A desinformação pode ser combatida com a busca pela verdade e a disseminação de informações corretas e precisas.
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