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Críticas ao Programa Avança Pará – Uma visão sob a lente do Bispo Azcona
O Programa Avança Pará, uma iniciativa patrocinada pelo Governo do Estado em parceria com o Banco Mundial, tem sido alvo de críticas contundentes. O Bispo Emérito Prelado do Marajó, Dom José Luís Azcona Hermoso, é uma das vozes mais ativas nessa discussão. Em dois artigos publicados recentemente, Dom Azcona levanta preocupações sérias sobre a falta de transparência e a falta de consulta popular na definição das prioridades do programa.
1. Uma visão geral do Programa Avança Pará
O Programa Avança Pará é uma iniciativa bilionária, apoiada pelo Governo do Estado e o Banco Mundial, que visa melhorar a qualidade de vida da população do Pará. No entanto, a forma como o programa está sendo implementado tem sido alvo de críticas.
1.1. Críticas à falta de transparência
Dom Azcona critica a falta de transparência na contratação de um empréstimo de 280 milhões de dólares por parte do governo. Ele questiona a ausência de consulta popular para definir as prioridades do programa e identificar as reais necessidades da população do Marajó.
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‘Por que não construir a casa antes de começar com a limpeza da mesma? Por que o Estado do Pará não começa de uma vez a cumprir a Constituição Estadual e Federal com relação a Marajó?’ – Dom Azcona
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1.2. O programa é assistencialista?
Dom Azcona argumenta que o programa Avança Pará é assistencialista, o que mantém a população na pobreza. Ele acredita que o Estado age como um ‘grande padrinho’, mantendo a população do Marajó em uma posição de dependência permanente.
2. A questão da fome no Marajó
O Avança Pará tem como um de seus eixos principais o combate à fome no Marajó. No entanto, Dom Azcona tem sérias reservas sobre como essa questão está sendo abordada.
2.1. Falta de consulta popular
O bispo reitera sua crítica à falta de consulta popular na elaboração do projeto. Ele acredita que o programa foi ‘feito nas sombras’ pelo Governo do Estado, Banco Mundial e Assembleia Legislativa.
2.2. A abordagem assistencialista à fome
Segundo Dom Azcona, os 100 milhões de dólares destinados ao combate à fome serão aplicados de maneira assistencialista, o que apenas acabará com a fome momentaneamente. Ele classifica essa abordagem como ‘vergonhosa’ e ‘insultante’, e acredita que o Marajó precisa de desenvolvimento sustentável, só possível por meio da geração de emprego e renda.
![Marajó](https://www.example.com)
> ‘Quando o recurso termine, a fome se perpetuará e a insegurança alimentar e social se eternizará entre nós.’ – Dom Azcona
3. Propostas para um Marajó mais sustentável
Apesar das críticas, Dom Azcona também propõe soluções. Ele sugere que os 100 milhões de dólares sejam investidos de maneira mais sustentável: na produção agrícola sustentável, na pesca e industrialização e no turismo.
3.1. Produção agrícola sustentável
A produção agrícola sustentável é uma das maneiras mais eficazes de combater a fome de maneira sustentável. Com a agricultura, seria possível gerar empregos e promover o desenvolvimento econômico.
3.2. Pesca e industrialização
A pesca e a industrialização também seriam meios eficazes de gerar emprego e renda, ao mesmo tempo em que preservam a identidade cultural e social do Marajó.
3.3. Turismo
O turismo é outra área que Dom Azcona acredita que poderia gerar empregos e promover o desenvolvimento econômico.
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‘Desde o açaí (Agricultura), peixe (Pesca) e Turismo através da criação de emprego abundante, Marajó conservará com dignidade e desenvolverá no presente e no futuro sua identidade subjetiva e social’ – Dom Azcona
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4. Conclusão
As críticas de Dom Azcona ao Programa Avança Pará levantam questões importantes sobre transparência, consulta popular e desenvolvimento sustentável. Enquanto o programa tem intenções nobres, é essencial que ele seja implementado de maneira que respeite os direitos e as necessidades da população do Marajó. Afinal, como Dom Azcona enfatiza, o povo do Marajó não é um ‘objeto degradado’, mas sim sujeitos plenos de direitos.
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