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Congestionamento crescente em Brasília – O impacto das obras simultâneas
Os residentes da capital do Brasil têm experimentado um trânsito mais pesado(https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/08/5116915-marcha-das-margaridas-como-ficara-o-transito-no-df.html) nos últimos tempos, exigindo uma dose extra de paciência. Este fenômeno não se restringe a determinados momentos do dia, mas está presente principalmente nos horários de pico e nos acessos ao Plano Piloto.
As raízes do problema
Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF), múltiplas obras em andamento no Distrito Federal são a causa dos frequentes engarrafamentos. Entre os projetos em execução, encontram-se a reforma na Avenida Hélio Prates, a substituição do pavimento na Estrada Parque Ceilândia/Estrutural e na Estrada Parque Contorno, além da construção de um viaduto na Estrada Parque Núcleo Bandeirante.
O impacto na vida dos cidadãos
As consequências dessas obras simultâneas são sentidas diariamente pelos motoristas. Osair da Silva, um vidraceiro de 55 anos, compartilha sua experiência: ‘Estou gastando duas horas e meia para ir de Brazlândia ao Plano Piloto e o mesmo tempo para voltar. Ao todo, perco cinco horas do meu dia no carro, o que é muito cansativo e improdutivo’.
A situação é semelhante para os usuários do transporte público. Elaine Cristina, que viaja diariamente de ônibus pela EPTG, lamenta a lentidão no trânsito. ‘Aqui não é possível ver outra coisa a não ser o engarrafamento. Ontem estava tudo literalmente parado, os veículos não saíam do lugar’, diz ela.
Obras na Via Estrutural
A Via Estrutural, uma das principais rotas de Brasília, tem sido particularmente afetada. Everaldo Candido, um cozinheiro que mora em Águas Lindas de Goiás e usa a Via Estrutural diariamente para ir ao trabalho, descreve a situação como ‘complicada’. Ele acredita que executar as obras durante a noite poderia acelerar o progresso e aliviar o congestionamento durante o dia.
A percepção dos pedestres
Os pedestres e ciclistas também estão enfrentando desafios. Elisa Maria de Brito, uma diarista que se desloca de bicicleta, relata que os engarrafamentos atrasam bastante sua ida e volta do trabalho. Além disso, ela destaca o risco para os pedestres e ciclistas, especialmente durante os horários de pico.
O congestionamento na EPTG
Na Estrada-Parque Taguatinga (EPTG), os congestionamentos começam cedo, às 6h da manhã, de acordo com Francisco Ferreira, um motorista de ônibus. Ele observa que o número de veículos aumenta entre 7h30 e 9h.
A resposta das autoridades
O DER-DF sugere que a população procure rotas alternativas e programe horários alternativos também. Eles afirmam que todas essas obras, quando concluídas, irão melhorar significativamente o fluxo nessas regiões do DF.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informa que tem trabalhado em políticas públicas para melhorar a mobilidade e o transporte público da capital.
Opiniões de especialistas
Adriana Modesto, doutora em transportes pela Universidade de Brasília, explica que as obras são necessárias, mas a administração pública deve prever possíveis transtornos e adotar uma fiscalização rigorosa na execução das obras.
Artur Morais, também doutor em transportes pela UnB, adverte que a criação ou expansão de vias não é a solução para o congestionamento no DF. Ele acredita que o investimento em ciclovias e no transporte público é a chave para melhorar a mobilidade.
Conclusão
Embora as obras em andamento no Distrito Federal sejam necessárias para melhorar a infraestrutura, é evidente que seu impacto no trânsito tem sido significativo. É essencial que as autoridades continuem a trabalhar em soluções eficazes para minimizar o congestionamento e garantir a mobilidade segura e eficiente dos residentes.
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