Connect with us
Condenação do CNDH ao Trabalho Escravo em Oficinas de Costura em São Paulo thumb 1200x600 agbrasil Condenação do CNDH ao Trabalho Escravo em Oficinas de Costura em São Paulo

Notícias

Condenação do CNDH ao Trabalho Escravo em Oficinas de Costura em São Paulo

Published

on

Introdução

Uma recente missão do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) à capital paulista revelou uma realidade chocante. Cerca de 150 oficinas de costura foram identificadas onde indivíduos, principalmente imigrantes, são vítimas de condições de trabalho semelhantes à escravidão.

Descoberta Chocante

A descoberta foi feita durante uma visita de uma delegação do CNDH a São Paulo, onde foi detectada a existência dessas oficinas de costura. A conselheira Virginia Berriel, que coordena a Comissão de Trabalho, Educação e Seguridade Social do CNDH, foi quem divulgou a informação.

Advertisement

Testemunhos Perturbadores

Virginia Berriel relatou que a situação foi descoberta após conversas com um grupo de cerca de 120 imigrantes e refugiados da Bolívia, Equador e Venezuela. Além desses, também há indivíduos do Paraguai e do Peru nessa situação. Ela observou que as oficinas funcionam como casas. As pessoas moram e trabalham nelas, uma condição que ela descreveu como ‘muito doida’.

Jornadas de Trabalho Exaustivas

A conselheira contou que o trabalho nas oficinas geralmente começa às 7h e se estende até a meia-noite, com poucas e curtas pausas ao longo do dia. Isso caracteriza uma jornada de trabalho exaustiva, violando os direitos dos trabalhadores.

Advertisement

> ‘Às vezes, até contratam outro trabalhador e aquele ciclo do trabalho análogo à escravidão vai se perpetuando. A nossa percepção é de que é uma coisa doentia, porque eles produzem cada vez mais, se culpam por não trabalhar mais. Essa jornada é normal para eles, o que é terrível para nós’, disse Virginia.

Abusos em Ambiente Doméstico

A exploração de trabalhadores em ambientes domésticos, a ponto de configurar trabalho análogo à escravidão, também é foco do CNDH. Entre os trabalhadores domésticos, há o predomínio de mulheres negras(https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-12/ipea-trabalho-domestico-e-exercido-por-mulheres-mais-velhas).

Advertisement

O Caso da Doméstica no Brás

Um caso recente que chamou a atenção foi o de uma doméstica que foi mantida em condições análogas à escravidão durante 33 anos em São Paulo. A trabalhadora trabalhava na residência de um casal e em uma loja deles no Brás, sem receber remuneração e sem direito a descanso e outros direitos trabalhistas.

> ‘Eles manipulam essas pessoas com o sentimento’, frisou Virginia Berriel, acrescentando que tomou conhecimento do caso de uma doméstica que foi vítima de trabalho análogo à escravidão e morreu aos 78 anos, sem receber indenização, porque o Poder Judiciário não finalizou o processo que responsabilizaria a família que a explorou.

Advertisement

Conclusão

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP), a prefeitura, o governo do estado, a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Federal e aguarda contato, caso queiram se manifestar. Enquanto isso, o CNDH continua lutando para dar voz a esses trabalhadores e buscar justiça para eles.

Para informações adicionais, acesse o site

Advertisement

Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement

Copyright © 2017 powered by Notícias de Emprego.