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Aumento da Confiança do Consumidor – Reflexo da Redução da Inflação, Emprego e Repagamento de Dívidas
Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) tem mostrado um crescimento notável. Este aumento é resultado da combinação de diversos fatores, incluindo a redução da inflação, a resiliência do mercado de trabalho e programas de renegociação de dívidas como o Desenrola.
Índice de Situação Atual (ISA)
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,6 pontos, atingindo 81,4 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015. A economista do FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia, atribui este crescimento principalmente à redução da inflação, que tem um impacto significativo nos consumidores, especialmente aqueles de baixa renda.
> ‘A redução da inflação tem um grande impacto nos consumidores, principalmente naqueles de baixa renda’, afirma Gouveia.
Apesar de uma desaceleração, o mercado de trabalho continua resiliente, contribuindo para o aumento do ISA. Além disso, a atuação do governo em programas como o Desenrola também tem melhorado a percepção sobre a situação atual.
Endividamento: Um Grande Obstáculo ao Consumo
Gouveia ressalta que o endividamento continua sendo um grande obstáculo ao consumo. No entanto, programas como o Desenrola, que oferecem opções de renegociação de dívidas, estão contribuindo para melhorar esta situação.
Índice de Expectativas (IE)
O Índice de Expectativas (IE), por outro lado, mostrou um aumento de 0,2 ponto em agosto, atingindo 107,6 pontos. Esta é a terceira alta consecutiva do índice.
> ‘A redução inicial da taxa de juros leva à expectativa de que ela continuará caindo, o que pode ajudar a retomada do consumo através de compras parceladas’, diz Gouveia.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano foi um dos principais fatores que influenciaram o aumento do IE.
A Inflação Continuará Desacelerando?
Há expectativa de que a inflação continue a desacelerar, o que pode contribuir para uma melhora do indicador de confiança nos próximos meses.
> ‘Por enquanto, o consumidor está pagando as dívidas, mas ainda não voltou a consumir’, afirma Gouveia.
Avanço da Agenda Econômica
A agenda econômica do país está avançando, com a aprovação do arcabouço fiscal e o andamento da reforma tributária.
> ‘Há um direcionamento para onde a economia gostaria de ir. Isso traz confiança para o consumidor’, diz Gouveia.
No entanto, Gouveia não é superotimista em relação à volta do ICC aos níveis vistos antes da crise de 2014.
Crescimento Este Ano
Há previsões de um melhor crescimento este ano no mercado, na casa dos 2%. No entanto, este avanço ainda é muito baseado em alguns setores, como o agronegócio, enquanto a indústria e o consumo das famílias ainda ‘andam de lado’.
> ‘Não consigo vislumbrar a volta do ICC aos níveis vistos antes da crise de 2014’, afirma Gouveia.
Conclusão
O aumento da confiança do consumidor é resultado da combinação de vários fatores. A redução da inflação, a resiliência do mercado de trabalho e programas de renegociação de dívidas como o Desenrola têm contribuído significativamente para este aumento. No entanto, ainda há obstáculos a serem superados, como o endividamento dos consumidores. Ainda assim, o avanço da agenda econômica e a expectativa de desaceleração da inflação trazem uma perspectiva positiva para o futuro.
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