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2023 08 18 APAE PROGRAMA PROFISSIONALIZANTE FOTOS SARA LOPES 22 APAE - Transformando vidas de pessoas com deficiência intelectual através do programa profissionalizante 2023 08 18 APAE PROGRAMA PROFISSIONALIZANTE FOTOS SARA LOPES 22 APAE - Transformando vidas de pessoas com deficiência intelectual através do programa profissionalizante

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APAE – Transformando vidas de pessoas com deficiência intelectual através do programa profissionalizante

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Em um mundo que muitas vezes desconsidera as necessidades e habilidades de pessoas com deficiência intelectual, a APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) está fazendo a diferença através de um programa profissionalizante. Esta iniciativa tem como objetivo empoderar esses indivíduos e oferecer-lhes uma oportunidade de alcançar seus sonhos.

Ana Paula, uma jovem que conseguiu emprego após o programa profissionalizante da APAE

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Ana Paula: Uma história de sucesso

A vida de Ana Paula, 22 anos, mudou dramaticamente em janeiro deste ano quando ela conseguiu seu primeiro emprego em uma farmácia. Isso só foi possível graças ao curso profissionalizante oferecido pela APAE. Ana Paula, que é portadora de deficiência intelectual, elogia a experiência:

> ‘Foi muito bom, aprendi a limpar, organizar, colocar preço e ajudar os outros quando me pedem. Fiquei muito feliz quando me chamaram para trabalhar aqui. As aulas do curso foram desafiadoras, mas tudo deu certo. Sou muito bem tratada, é um ambiente excelente’, conta Ana Paula.

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Uma contribuição valiosa

O gerente da farmácia, Brenner Castro, não poupa elogios à Ana Paula, destacando que ela é uma das melhores funcionárias.

Brenner Castro, gerente da farmácia onde Ana Paula trabalha

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> ‘A Ana Paula é muito ativa, me ajuda em várias funções dentro da loja. Ela aprende rápido. Ajuda a repor, precificar, organizar. Muitas vezes as pessoas têm receio de contratar pessoas com deficiências, mas Ana Paula nos ajuda até mais do que alguns colaboradores que não têm deficiências. Ela é muito esforçada e competente’, ressalta o gerente.

Outras histórias inspiradoras

Adriele Maria, também de 22 anos, celebra seu quarto ano como empregada da Farmácia Drogasil. Apesar das dificuldades de comunicação, Adriele expressa a alegria que sente ao realizar suas atividades.

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Adriele Maria, empregada da farmácia há 4 anos

> ‘Gosto de limpar, repor mercadorias. Gosto do meu trabalho, estou feliz de estar aqui’, diz Adriele.

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Sua gerente, Julia Rebeca, descreve a experiência de trabalhar com Adriele como ‘enriquecedora’ e destaca a evolução evidente de Adriele ao longo dos anos.

Julia Rebeca, gerente da farmácia onde Adriele trabalha

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> ‘Antes, ela só fazia reposição de produtos pela identificação visual, agora ela precifica, bipa, consegue identificar os números, limpa, arruma. Ela é muito sistemática e o trabalho fica muito bom. Ela também ajudou os outros funcionários a evoluírem. Ela ensina a gente sobre superação. Ela está aqui todos os dias lutando para fazer o melhor dela. A gente aprende a lidar com ela, a entender com ela, aprende empatia’, destaca a gerente.

O curso profissionalizante da APAE

O curso profissionalizante da APAE faz parte do Programa Nacional de Autogestão e Autodefensoria da instituição, que busca estimular a autonomia da pessoa com deficiências em diferentes aspectos da vida.

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Silvana Marques, assistente social da APAE e coordenadora do programa

> ‘Uma das coisas que estimulamos é a inserção no mercado de trabalho. O programa tem sido bem-sucedido, pois percebemos como eles adquiriram responsabilidades e se sentem felizes e pertencentes à sociedade’, comenta Silvana Marques, assistente social da APAE e coordenadora do programa.

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Atualmente, há 10 alunos que estão trabalhando em empresas e lojas de Marabá. O programa seleciona alunos a partir de 14 anos de idade e desenvolve aulas práticas e teóricas.

A prática e a teoria no curso

Na parte teórica do curso, é explicado o que é o trabalho, a importância dele, o que se ganha trabalhando e o que isso proporciona. Os alunos também aprendem sobre os documentos necessários para trabalhar, além de serem ensinados a entender seus direitos e deveres.

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Já na parte prática, os alunos aprendem a lidar com roupas, a dobrá-las, colocá-las em cabides, selecionar materiais por tamanho e cor, verificar datas de validade, verificar preços, cuidar de jardins, entre outras atividades.

Segundo Silvana Marques, essas atividades simples podem ser um desafio para o público com dificuldade intelectual, especialmente quando se trata de leitura e escrita.

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> ‘Isso traz a visão de incapacidade, mas quando trabalhamos essas práticas aqui, começamos a ver que eles se desenvolvem e têm a capacidade de avançar’, complementa a assistente social.

Avaliação e acompanhamento dos alunos

Cada aluno passa por uma avaliação para identificar qual área tem maior aptidão para trabalhar. A responsável pelas aulas práticas, professora Suenia Aguiar, explica que a aula é dividida em três partes.

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Professora Suenia Aguiar, responsável pelas aulas práticas

> ‘Temos o almoxarifado e a dispensa que eles organizam, verificam a data de validade dos alimentos, entre outras coisas. Temos aulas de jardinagem, e a nossa lojinha bazar, onde recebemos roupas e calçados de doações. Eles aprendem a organizar e vender. É bom porque aqui é um teste para o mercado de trabalho.’, explica.

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Além disso, a instituição faz um acompanhamento constante dos alunos que estão trabalhando, para verificar qualquer dificuldade que eles possam estar enfrentando.

> ‘Fazemos o acompanhamento para que ele permaneça naquele espaço’, destaca Silvana Marques, coordenadora do programa.

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Marcos Diones: Um aluno em busca de seu sonho

Marcos Diones, 40 anos, é um dos alunos atuais do programa profissionalizante da APAE. Ele está ansioso para arrumar um emprego e seguir em frente na vida.