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Análise do Mercado de Trabalho em Minas Gerais – Desaceleração Notável
Introdução
Apesar do registro de um saldo positivo de empregos em julho de 2023, Minas Gerais tem notado uma queda contínua no superávit de empregos nos últimos meses. Este artigo explora as principais tendências e números do mercado de trabalho de Minas Gerais e como eles estão mudando ao longo do tempo.
O panorama geral
De acordo com os dados fornecidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Minas Gerais acumulou 156.238 novos postos de trabalho nos sete primeiros meses de 2023. Entretanto, uma análise mais detalhada dos dados do governo revela uma desaceleração na geração de empregos iniciada em março.
A Desaceleração
Desde março, o saldo positivo de empregos em Minas Gerais tem sido consistentemente menor do que no mês anterior. Em comparação com o mês de junho, por exemplo, quase 13 mil vagas a menos foram criadas em julho.
Ari Francisco de Araujo Junior, coordenador do curso de Ciências Econômicas do Ibmec-BH, observa que a desaceleração no mercado de trabalho de Minas Gerais é semelhante ao que está acontecendo em todo o Brasil, embora seja relativamente maior. Em Minas Gerais, a retração foi de mais de 50%, enquanto a redução mensal no saldo de empregos do Brasil foi de cerca de 9%.
Análise setorial
De acordo com Araujo Junior, alguns setores importantes para a criação de empregos tiveram um crescimento de estoque menor em Minas Gerais do que no país como um todo. Ele cita o setor comercial, onde o número de vínculos empregatícios subiu 0,19% no estado, comparado a 0,28% no Brasil, e o setor industrial, que cresceu 0,15% contra 0,25%.
Cenários econômicos
O professor acredita que essa queda provavelmente está relacionada a movimentos sazonais específicos do estado. Ele também ressalta que é difícil prever o que acontecerá no futuro, uma vez que a economia brasileira e, por extensão, as economias estaduais, ainda estão sofrendo devido às incertezas econômicas e políticas atuais.
Saldo por setores da economia
Os cinco grandes grupos de atividade econômica registraram superávit de empregos em julho. O setor de serviços liderou a criação de empregos com 5.074 novas vagas, seguido pela agropecuária (1.981), construção (1.970), comércio (1.863) e indústria (1.465). No entanto, todos esses setores registraram uma desaceleração no saldo positivo.
Especificamente no setor de serviços, o maior empregador no estado, a queda mensal foi de pouco mais de 33%. No entanto, Gilson Machado, economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomercio MG), afirma que entre um mês e outro podem ocorrer sazonalidades, o que afeta a criação de vagas de trabalho.
Cumulativo anual
No acumulado dos sete primeiros meses de 2023, Minas Gerais adicionou 156.238 novos empregos, de acordo com o Caged. O setor de serviços foi o maior criador de empregos, abrindo 67.926 postos de trabalho no período. Em seguida, vieram a construção (30.681), agropecuária (29.554), indústria (24.766) e comércio (3.315).
Conclusão
Embora os números gerais permaneçam positivos, a contínua desaceleração na criação de empregos em Minas Gerais é motivo de preocupação. A incerteza econômica e política atual no Brasil pode continuar a impactar o mercado de trabalho, e será interessante ver como essa situação se desenrolará nos próximos meses.
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