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Análise crítica das declarações do General Marco Edson Gonçalves Dias Análise crítica das declarações do General Marco Edson Gonçalves Dias

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Análise crítica das declarações do General Marco Edson Gonçalves Dias

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No dia 31 de janeiro, a CPI do 8 de Janeiro recebeu um depoimento do general Marco Edson Gonçalves Dias, também conhecido como GDias. O general estava à frente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no dia dos ataques aos três Poderes. As declarações de GDias geraram reações divergentes entre os parlamentares.

Contradições e pedidos de prisão

Um grupo de parlamentares apontou contradições nas declarações do general e solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a prisão dele. O senador Marcos Rogério (União-RO), por exemplo, acredita que GDias tentou transferir a responsabilidade pelos ataques a outras pessoas. Segundo o senador, todas as forças envolvidas têm sua parcela de responsabilidade e não é correto atribuir toda a culpa à Polícia Militar do Distrito Federal.

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> ‘Numa única fala, ele consegue dar três versões. E aí quem está na CPI precisa olhar para aquilo que está sendo dito, dentro do contexto. Quem fala a verdade repete mil vezes do mesmo jeito, mas quem procura escrever uma nova versão sobre os fatos invariavelmente vai vacilar, vai errar. Uma hora fala de um jeito e outra hora fala de outro, então a fala dele tem contradições’, disse Marcos Rogério.

Acusações e pedidos de prisão

Em função dessas supostas contradições, parlamentares da oposição solicitaram a prisão preventiva do general à PGR. Os crimes apontados são omissão imprópria, prevaricação, ação de ofício em interesse pessoal e obstrução de Justiça. A ação também pede a prisão do ministro da Justiça, Flávio Dino.

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O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) foi um dos que se manifestou a favor da prisão de GDias. Ele apontou contradições no depoimento do general e mencionou a falsificação de um documento público enviado ao Congresso Nacional.

Herança do governo

Para outros parlamentares, o depoimento de GDias demonstrou que ele não pode ser responsabilizado pela invasão. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso, afirmou que quem deveria estar no lugar de GDias na CPI é o ex-ministro-chefe do GSI, general Heleno.

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Randolfe acredita que GDias herdou uma situação complexa do governo de Jair Bolsonaro e que a culpa pelos ataques recai sobre os integrantes do GSI que foram mantidos no cargo.

Mudança de opinião

O deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA) tinha a convicção de que GDias tinha responsabilidade sobre os ataques, mas mudou de opinião após o depoimento do general. Segundo o deputado, GDias evitou que a situação fosse ainda pior.

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> ‘O senhor conseguiu evitar que invadissem o coração do Palácio do Planalto. Infelizmente, o Senado Federal não conseguiu. O Plenário do Senado foi invadido. Infelizmente, o Supremo Tribunal Federal não conseguiu, o Plenário do Supremo foi invadido. A Câmara conseguiu, preservou-se o Plenário. E o senhor conseguiu preservar o coração do Palácio. Se o senhor não tivesse vindo pessoalmente, enfrentado, isso não teria sido possível’, disse o deputado.

Cadeia de culpa e dolo

Na avaliação do senador Fabiano Contarato (PT-ES), houve uma sucessão de erros, desde a inação do Exército em relação aos acampamentos golpistas em frente ao Quartel-General até a escolta da Polícia Militar aos manifestantes, no dia dos ataques. Para Contarato, porém, essa cadeia de culpa e dolo não se aplica a GDias.

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> ‘Mais uma vez, não sou eu que estou falando isso, é o Código Penal: ‘A omissão é penalmente relevante quando o agente tenha por lei obrigação de proteção, vigilância e cuidado’. O senhor não agiu nem com dolo e nem com culpa. O senhor não deu causa a absolutamente nada, porque agiu dentro do que o dever lhe competia’, disse Contarato.

Incompetência e culpa

O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou que os depoimentos mostram incompetência tanto da polícia quanto do GSI, que não conseguiram impedir os danos às sedes dos três Poderes durante os ataques de 8 de janeiro.

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A necessidade de ouvir a Força Nacional

Arthur Maia defendeu a necessidade de ouvir um representante da Força Nacional. A comissão já aprovou requerimentos com pedido de informações à Força Nacional de Segurança Pública, mas rejeitou um requerimento do senador Sergio Moro (União-PR) para a convocação do coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, que comandava o Batalhão de Pronto Emprego da corporação na época dos ataques.

Conclusão

O depoimento do general GDias na CPI do 8 de Janeiro gerou reações divergentes entre os parlamentares. Enquanto alguns apontaram contradições e pediram a prisão do general, outros acreditam que ele não pode ser responsabilizado pela invasão aos três Poderes.

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Fonte: Agência Senado

Para informações adicionais, acesse o site

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