Notícias
Alegações de Delgatti – Bolsonaro, Interceptações e o Indulto para Invasão de Urnas
Introdução
Em uma revelação chocante, o especialista em invasão de sistemas, Walter Delgatti Neto, afirmou que o ex-chefe do estado, Jair Bolsonaro, propôs um perdão em troca de violar as restrições judiciais e invadir o sistema de urnas eletrônicas para expor supostas falhas.
A Proposta
De acordo com Delgatti, a conversa com Bolsonaro ocorreu no Palácio da Alvorada, com a presença da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do coronel Marcelo Camara.
> ‘Sim, recebi (proposta de benefício). Inclusive, a ideia ali era eu receber um indulto do presidente. Ele havia concedido indulto ao deputado e como eu estava investigado pela (operação) Spoofing, impedido de acessar a internet e trabalhar, eu estava visando esse indulto, que foi oferecido no dia’, disse a relatora Eliziane Gama (PSD-MA).
A Interceptação
Em outra ocasião, Zambelli teria intermediado uma ligação de Delgatti com Bolsonaro. Na conversa, o ex-presidente teria afirmado que havia obtido uma interceptação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas que o hacker precisaria assumir a autoria do crime.
> ‘Nesse grampo teriam conversas comprometedoras do ministro e ele (Bolsonaro) precisava que eu assumisse esse grampo’, disse Delgatti.
A Assunção do Crime
Delgatti esclareceu que Bolsonaro não pediu que ele interceptasse Moraes, mas que assumisse a autoria do crime que já teria sido cometido.
> ‘A informação que eu tenho é que ele já estava grampeado. Já existia o grampo’, disse Delgatti. ‘Segundo ele (Bolsonaro), naquela data, havia um grampo concluído’, prosseguiu.
A Invasão do E-mail do Ministro
No rol das ilegalidades, Zambelli ainda teria solicitado que Delgatti invadisse o e-mail do ministro Moraes. Também teria partido da deputada o pedido para que ele invadisse os sistemas de órgãos do Poder Judiciário, o que culminou em sua prisão.
> ‘Fiquei por 4 meses na intranet da Justiça Brasileira, no CNJ e no TSE’, afirmou o hacker.
A Reunião para Discutir a ‘Lisura das Eleições’
O hacker ainda descreveu uma reunião realizada com Bolsonaro no Palácio da Alvorada para discutir a ‘lisura das eleições’.
O encontro, segundo ele, também contou com a presença de Zambelli, Mauro Cid e o coronel Marcelo Camara. Ainda segundo o hacker, Bolsonaro ordenou que o coronel Campos o levasse ao Ministério da Defesa para discutir os aspectos técnicos de suas propostas.
> ‘Isso é uma ordem minha’, teria dito Bolsonaro após Camara dizer que era complicado tratar esse assunto com o Ministério. Delgatti disse ter ido ao menos cinco vezes à pasta.
A Visão dos Parlamentares
Nos pedidos, os parlamentares afirmam que a oitiva do hacker visa responder dúvidas sobre o envolvimento dele na ‘promoção dos atos criminosos contra a democracia e as instituições públicas brasileiras’ e a relação com aqueles que ‘instigaram e financiaram os grupos e ações relacionados à trama golpista’.
O Futuro de Delgatti
Delgatti está preso preventivamente desde o início de agosto na Operação 3FA da Polícia Federal (PF). Ele é investigado por suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Foram apresentados seis requerimentos para a convocação de Delgatti no colegiado.
Conclusão
As alegações de Delgatti, se comprovadas, poderiam ter implicações significativas para a política brasileira. À medida que mais detalhes surgem, é importante acompanhar de perto como as autoridades responderão a essas acusações graves.
Quer receber notícias 100% gratuitas? Participe da Comunidade de Política no WhatsApp(https://chat.whatsapp.com/BXYyFdjIl4TC9ZPzrcvIq1) ou entre no nosso [canal do Telegram](https://t.me/folhavitoriaoficial)!
Para informações adicionais, acesse o site