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Adeus à Elizângela – Uma homenagem à renomada atriz brasileira
A notória atriz brasileira Elizângela, conhecida por seu talento inegável e personagens memoráveis, nos deixou na sexta-feira, 3 de novembro, aos 68 anos. Esta notícia chegou como um choque para o público e a indústria do entretenimento. Ela faleceu devido a uma parada cardiorrespiratória e será sempre lembrada por sua contribuição notável para a televisão brasileira.
Início da Carreira
Nascida no Rio de Janeiro em 1954, Elizângela iniciou sua carreira artística ainda jovem, fazendo comerciais e aparecendo em programas de auditório como assistente de palco. A partir de 1965, começou a trabalhar na TV Tupi, onde seu talento começou a florescer. Além da TV Tupi, Elizângela também trabalhou na Excelsior, antes de ser contratada pela Globo.
Na Globo, engatou nas novelas nos anos 1970, com destaque para ‘Locomotivas’, de 1977, a primeira novela das 19h gravada em cores. Foi também na Globo que Elizângela participou da primeira versão, censurada, de ‘Roque Santeiro’.
Atriz e Símbolo Sexual
Durante os anos 1970 e 1980, Elizângela foi considerada um símbolo sexual. Apesar de ter recebido convites para posar nua, a atriz sempre recusou, conforme relatou em uma entrevista em 2017 ao jornal “Extra”. Ela afirmou que pensou na filha ao recusar o convite, apesar de o dinheiro ser bom. ‘Dinheiro nenhum paga a minha intimidade. Minha intimidade não é do mundo’, afirmou.
Papéis Memoráveis
Elizângela é lembrada pelo público por seus papéis extravagantes. Em ‘Senhora do destino’, ela interpretou Djeanne, uma ex-prostituta conhecida da vilã Nazaré Tedesco. Em ‘Ti-ti-ti’, contracenou com Sophie Charlotte em uma cena que é lembrada hoje como um meme.
Último Trabalho e Legado
Gloria Perez, uma das autoras que mais criou personagens para Elizângela, lamentou a morte da atriz. ‘Amiga, inteligente, divertida, aquela atriz visceral, sonho de qualquer autor: vestia sem medo nem pudor a pele das personagens. Estou sem palavras’, disse Perez.
A atriz estava afastada da TV desde 2019 e ficou fora de ‘Travessia’, de Gloria Perez, por sua recusa em tomar a vacina contra COVID-19. A Globo estabeleceu protocolos para evitar a contaminação pelo vírus, o que impediu que Elizângela frequentasse os estúdios.
Em 2022, após contrair COVID, Elizângela teve um quadro respiratório grave e precisou ser internada. Infelizmente, não resistiu e faleceu.
Vida Pessoal e Política
Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, Elizângela o defendeu até o fim. Após a derrota nas últimas eleições, ela escreveu em suas redes sociais ‘melhor presidente’.
Projetos Futuros
Segundo a produtora Brasil Paralelo, Elizângela deixou um filme inédito, que deve estrear nos cinemas em maio de 2024. Em ‘Oficina do diabo’, ela vive uma mãe que ‘precisa encontrar uma forma de afastar o filho das más influências, ao mesmo tempo em que precisa lidar com seus traumas do passado’.
A Brasil Paralelo é um dos principais exemplos de negócio que se beneficiou da ascensão da direita brasileira na última década. Um dos planos de seus criadores é tornar o serviço uma espécie de Netflix conservadora.
Fica, assim, a lembrança de Elizângela, uma atriz que dedicou sua vida à arte e deixou um legado inesquecível na televisão brasileira.
Citação: ‘Dinheiro nenhum paga a minha intimidade. Minha intimidade não é do mundo’ – Elizângela
Referências:
1. [Link para a notícia original](linkparaanotíciaoriginal)
2. [Link para a entrevista de 2017](linkparaaentrevistade_2017)
3. [Link para a produtora Brasil Paralelo](linkparaaprodutoraBrasil_Paralelo)
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