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A Verdade por Trás do Suposto Pleno Emprego no Brasil A Verdade por Trás do Suposto Pleno Emprego no Brasil

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A Verdade por Trás do Suposto Pleno Emprego no Brasil

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Tendências Recentes no Desemprego

Nas últimas décadas, o Brasil testemunhou uma queda gradual, porém constante, nas taxas de desocupação. De acordo com os dados mais recentes, a média móvel da taxa de desemprego atingiu 7,75% da força de trabalho em março de 2024, o menor nível desde janeiro de 2019, quando essa média era de 12,35%.

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Esta redução de quase cinco pontos percentuais no intervalo de 2019 a 2024 levou alguns economistas a declararem que a economia brasileira estaria operando em pleno emprego. Contudo, uma análise mais profunda revela que essa afirmação merece um olhar mais crítico.

O Conceito Nebuloso de ‘Desemprego de Equilíbrio’

A noção de ‘pleno emprego’ é frequentemente associada à ideia de uma ‘taxa de desemprego de equilíbrio’. Este conceito, amplamente adotado pela teoria econômica convencional, sugere que existe um nível de desemprego para o qual a inflação permanece estável ao longo do tempo.

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No entanto, determinar essa taxa de desemprego de equilíbrio é uma tarefa desafiadora, pois ela não é diretamente observável. As estimativas estatísticas produzem resultados díspares, dependendo do modelo empregado. Na prática, os formuladores de políticas econômicas adotam um procedimento indireto: qualquer taxa de desemprego para a qual a inflação permaneça estável por um período prolongado é considerada a taxa de desemprego de equilíbrio.

Esse raciocínio circular torna o conceito de ‘desemprego de equilíbrio’ irrefutável e, portanto, metafísico, levantando dúvidas sobre sua utilidade prática.

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A Heterogeneidade Estrutural da Economia Brasileira

Uma das principais deficiências da formação dos economistas convencionais é ignorar o fato de que a validade dos modelos econômicos depende do contexto para o qual foram construídos. A curva de Phillips, por exemplo, foi desenvolvida originalmente em 1958 como uma análise empírica da relação entre inflação salarial e desemprego na economia do Reino Unido, uma economia madura e estruturalmente homogênea.

A economia brasileira, por outro lado, está longe de ser considerada madura. Uma parcela significativa da força de trabalho está empregada no setor informal ou é classificada como ‘autoempregada’. No primeiro trimestre de 2022, por exemplo, 26,47% da força de trabalho estava empregada no setor informal, enquanto 12,92% eram autoempregados, totalizando 39,39% da força de trabalho.

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Além disso, quando analisamos os dados de emprego de acordo com a intensidade tecnológica do setor, observamos que, em 2022, exatos 39,30% da força de trabalho ocupada estava desempenhando suas atividades em setores de baixa e média-baixa intensidade tecnológica.

O Desemprego Disfarçado no Brasil

O emprego informal e o autoemprego no Brasil são, essencialmente, ocupações de baixa produtividade e baixos salários, constituindo, portanto, o que a economista britânica Joan Robinson chamou de ‘desemprego disfarçado’ em 1937.

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Ao levarmos em conta esse enorme contingente de trabalhadores em situação de desemprego disfarçado, percebemos que ainda existe muito espaço para o crescimento econômico por meio da transferência de mão de obra dos setores de baixa produtividade para os setores de média e alta produtividade.

O Papel Crucial da Política Monetária

Para facilitar essa transição e impulsionar o crescimento econômico, é fundamental que o Banco Central acelere o passo da redução da taxa de juros. Ao tornar o crédito mais acessível, as empresas dos setores de maior produtividade poderão expandir suas operações e absorver a mão de obra excedente dos setores de baixa produtividade.

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Essa abordagem não só promoverá o desenvolvimento econômico, mas também contribuirá para a redução do desemprego disfarçado e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores brasileiros.

Desafios e Oportunidades Futuros

Embora a queda nas taxas de desemprego seja uma tendência positiva, é crucial reconhecer que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos no mercado de trabalho. A informalidade, a baixa produtividade e as disparidades regionais são apenas algumas das questões que precisam ser abordadas.

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No entanto, essas dificuldades também representam oportunidades para reformas estruturais e investimentos estratégicos em setores de alta produtividade. Ao adotar políticas econômicas adequadas e promover a transição para uma economia mais diversificada e tecnologicamente avançada, o Brasil poderá alcançar um crescimento econômico sustentável e um verdadeiro pleno emprego.

Conclusão

Ao analisar a situação do emprego no Brasil, é essencial ir além das estatísticas superficiais e considerar a complexidade da estrutura econômica do país. O desemprego disfarçado e a heterogeneidade setorial revelam que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar o pleno emprego genuíno.

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No entanto, com políticas econômicas adequadas, investimentos estratégicos e uma abordagem holística, o Brasil tem o potencial de superar esses desafios e promover um crescimento econômico inclusivo e sustentável, beneficiando tanto as empresas quanto os trabalhadores.

Para informações adicionais, acesse o site

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‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.

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