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A Recuperação da Imagem do Exército – Profissionalização e o Fim do Serviço Militar Obrigatório

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Introdução

Em meio a desafios e polêmicas, o Exército Brasileiro está em uma missão para recuperar sua reputação. Esta tarefa colossal está nas mãos do comandante general Tomas Miguel Ribeiro Paiva. Sua estratégia principal é criar uma associação de Amigos do Exército, para revitalizar a imagem da instituição após uma série de escândalos.

O Exército, mais do que a Marinha e a Aeronáutica, apoiou a candidatura de Bolsonaro desde 2017, emprestando ao governo a sua credibilidade. No entanto, esta aliança resultou na queda de confiança da corporação junto ao público. O General Tomas, agora, tem o desafio de despolitizar a tropa e transformá-la num braço do Estado, e não de um grupamento político.

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Serviço Militar Obrigatório: Um Imposto

Segundo o economista Milton Friedman, o serviço militar obrigatório é um imposto: o governo está tirando o tempo das pessoas e as compensando de forma inadequada. A ideia de Forças Armadas profissionais ganhou proeminência em sua obra ‘Capitalismo e Liberdade(https://www.amazon.com.br/Capitalismo-Liberdade-Milton-Friedman/dp/8521626525)’.

Nesta obra, Friedman argumenta que o serviço militar obrigatório é uma forma de servidão involuntária. De acordo com ele, um dos grandes ganhos do progresso da civilização foi a eliminação do poder dos nobres ou dos soberanos exatamente sobre essa servidão compulsória.

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A Hora dos Economistas

No livro ‘A Hora dos Economistas(https://www.amazon.com.br/hora-dos-economistas-profetas-sociedade-ebook/dp/B0BVGBMKQY)’ (editora Sextante), o jornalista americano Binyamin Appelbaum relata como Friedman batalhou por anos para convencer os políticos dos ganhos com o fim do serviço militar obrigatório.

Nos EUA, foi preciso a vergonha de uma guerra no outro lado do mundo para tornar a carreira militar uma escolha. Friedman considerou o fim do serviço militar obrigatório sua principal obra. Hoje, o serviço militar é voluntário em quase todos os países não envolvidos em conflito. O profissionalismo nas Forças Armadas virou uma marca civilizatória.

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A Reforma das Forças Armadas nos EUA

Depois do fracasso da Guerra do Vietnã, o governo americano decidiu reformar as Forças Armadas, acabar com o serviço militar obrigatório e transformar a carreira militar em uma opção de trabalho como outra qualquer.

A decisão, depois de anos de uma guerra impopular, permitiu as Forças Armadas americanas se transformarem em uma operação institucional relevante no orçamento e desimportante na política. Diferentemente do Brasil, o trumpismo não contaminou as Forças Armadas como fez o bolsonarismo.

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A Necessidade de Profissionalização das Forças Armadas Brasileiras

No Brasil, a situação é diferente. Usando o subterfúgio da compreensão enviesada do