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A General Motors e a Ditadura - Uma História Sombria A General Motors e a Ditadura - Uma História Sombria

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A General Motors e a Ditadura – Uma História Sombria

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Introdução

A história da General Motors (GM) no Brasil é marcada por momentos de prosperidade econômica, inovação tecnológica e expansão de mercado. No entanto, durante o período sombrio da ditadura militar, a empresa enfrentou episódios de perseguição política, espionagem, ameaças e medo. Este artigo explora esses eventos, baseado em relatos de funcionários e documentos históricos, oferecendo uma visão detalhada desse período conturbado.

O Início: Martinho Leal Campos

Martinho Leal Campos, um redator de publicações técnicas da GM, foi um dos primeiros a sentir a opressão dentro da empresa. No dia 14 de abril de 1972, um grupo de policiais à paisana entrou no escritório, procurando por ele. Campos, que era membro do Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT), foi detido, algemado e agredido ainda dentro das instalações da empresa, antes de ser levado para o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna).

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A Cooperação da GM com a Ditadura

A prisão de Campos não foi um caso isolado. A GM cooperou ativamente com o regime de exceção, reprimindo críticos do regime e participando de atividades de vigilância e espionagem. O caso de Sebastião Penha Filho, ex-operário da unidade São José dos Campos da montadora, ilustra essa realidade. Após ser demitido e ter seu nome incluído em uma ‘lista suja’ de funcionários que participaram de movimentos operários e sindicais, Penha Filho sofreu intensa pressão psicológica, a ponto de considerar o suicídio.

O Desaparecimento de Assis Henrique de Oliveira

Assis Henrique de Oliveira, outro funcionário da GM, desapareceu em circunstâncias misteriosas após ser demitido por participar de uma greve. Ele vivia com medo constante e temia pela segurança de sua família. Sua história, ainda inconclusiva, sugere que ele pode ter se envolvido com a direção da empresa e agentes da repressão.

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A Segurança Militar na GM

Durante a ditadura, o setor de segurança da GM era chefiado pelo coronel aposentado da Força Aérea Brasileira Evaldo Herbert Sirin. Sirin participava de reuniões do Centro Comunitário de Segurança no Vale do Paraíba (Cecose-VP), uma organização composta por chefes de segurança de diversas empresas e agentes de informação de vários órgãos, como Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal e estadual. O Cecose atuou nas décadas de 1970 e 1980 com o objetivo de trocar informações sobre líderes e ativistas sindicais e monitorar os movimentos dos trabalhadores.

Torturas no DOI-CODI

Após sua prisão na GM, Campos foi levado para o DOI-CODI em São Paulo, onde foi torturado por vários agentes, incluindo o major Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do DOI-CODI. Campos passou cerca de 30 dias preso no DOI-CODI, onde foi submetido a sessões de espancamentos e choques elétricos.

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Conclusão

A história da GM durante a ditadura militar brasileira é uma lembrança sombria da repressão e violência que ocorreram durante esse período. Embora a empresa tenha prosperado economicamente e expandido seu mercado, o custo humano foi alto, com funcionários sendo perseguidos, torturados e até mortos. Hoje, enquanto olhamos para trás para este período sombrio da nossa história, é importante lembrar e honrar aqueles que sofreram sob o regime e lutar para garantir que tais injustiças nunca se repitam.

Para informações adicionais, acesse o site

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