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A Demanda Política de Lula – Um Déficit de 1% do PIB em 2024
Introdução
A economia brasileira tem uma tarefa desafiadora pela frente: atender à demanda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula propõe um déficit de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, a fim de evitar o contingenciamento, também conhecido como bloqueio de recursos no Orçamento da União para reduzir gastos.
A Meta de Resultado Primário
Atualmente, a meta de resultado primário é zero. Para atender à demanda de Lula, a equipe econômica precisaria alterar essa meta para um déficit de 1% do PIB. Isso é confirmado por economistas do governo e do mercado financeiro, incluindo as casas Warren Rena e Ryo Asset.
> ‘Acredito que ainda conseguiremos manter o zero, mas se mudar, a depender do valor, não altera nada no ano que vem. Nossa projeção é de um déficit de 0,74% para 2024. Mas compromete a credibilidade do ajuste no longo prazo’, afirma Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena.
O Dilema do Contingenciamento
Caso a meta central fique em 0,75%, não haveria problema, devido à banda de 0,25%. Isso significa que o governo poderia ter um resultado de até 1%, evitando completamente o risco de contingenciamento.
Entretanto, o contingenciamento afetaria as emendas. A mistura de piora da economia com uma eventual insatisfação parlamentar é tudo que o governo não quer.
A Visão dos Economistas
Economistas argumentam que a saída seria o governo entender que o ajuste concentrado no aumento da receita, como proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em xeque. Além disso, é necessário aceitar a revisão dos gastos para complementar a consolidação fiscal.
> ‘É importante incluir nas suas contas as perdas que terá com a revisão da meta’, afirma Braulio Borges, economista-sênior da área de Macroeconomia da LCA e pesquisador do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
A Perspectiva Política
Na reunião ministerial desta sexta-feira (3), Lula voltou a afirmar que dinheiro bom para a Presidência é aquele que banca obras. Analistas que fazem a ponte entre economia e política avaliam que será difícil Lula ceder e aceitar qualquer restrição orçamentária.
> ‘O que vimos na semana passada foi o primeiro sinal importante, vindo do próprio Lula, de que esse período mais tranquilo está terminando. Não dá para dizer que vamos ter uma guinada na política econômica, mas Lula está mais refratário a medidas que possam afetar a economia e, por consequência, a sua popularidade.’, afirma Silvio Cascione, diretor da Eurasia no Brasil, empresa de consultoria e pesquisa de risco político.
A Necessidade de um Plano Estrutural
Vários economistas defendem que o governo precisa aceitar que há necessidade de um plano mais estrutural de corte de despesas. Estas medidas não prejudicariam os mais vulneráveis, mas melhorariam a eficiência da despesa.
> ‘O governo interditou a discussão sobre a revisão de gastos, mas existem medidas para um ajuste justo, para usar um termo do Banco Mundial, que não prejudica os mais vulneráveis, mas melhora a eficiência da despesa’, afirma Gabriel Leal de Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset e ex-diretor da Ifi (Instituição Fiscal Independente) do Senado.
Conclusão
A demanda política de Lula por um déficit de 1% do PIB em 2024 é um grande desafio para a economia brasileira. Tanto economistas quanto políticos têm opiniões divergentes sobre a viabilidade e as potenciais consequências desta proposta. O futuro da economia brasileira e o equilíbrio entre crescimento, eficiência e equidade social estão em jogo.
Referências
1. Folha – A demanda política de Lula: um déficit de 1% do PIB em 2024
2. Economia – O dilema do contingenciamento
3. Ibre/FGV – A visão dos economistas
Nota: Este artigo é destinado a fins informativos e não deve ser utilizado como conselho financeiro ou político profissional.
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