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A Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Relação de Emprego em Franquias
O Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do Brasil, tem uma posição reiterada em relação à permissibilidade constitucional de formas alternativas de relação de emprego. Esta posição foi recentemente reafirmada pelo ministro Alexandre de Moraes em um caso envolvendo a seguradora Prudential e uma sócia controladora de uma corretora franqueada.
O Caso: Prudential vs Sócia Controladora
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3) havia reconhecido o vínculo empregatício entre a Prudential e a sócia controladora de uma corretora franqueada, alegando que a relação de franquia teria sido usada como um meio de fraudar a legislação trabalhista. No entanto, a Prudential recorreu ao STF, argumentando que o acórdão do TRT-3 não considerou o artigo 1º da Lei de Franquias, que afirma que contratos de franquia não configuram relação de emprego.
Ministro Alexandre de Moraes, relator da reclamação no STF. Fonte: Carlos Moura/STF
A Decisão do STF
O ministro Alexandre de Moraes concordou com a Prudential, afirmando que o TRT-3 desrespeitou precedentes da corte sobre a constitucionalidade de relações de trabalho que não são regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele citou o julgamento de repercussão geral que reconheceu a possibilidade de terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre entidades jurídicas distintas, independentemente de seu objeto social.
Além disso, o ministro ressaltou que o STF já validou a terceirização de atividade-fim ou meio, como uma forma lícita de organização econômica.
Implicações da Decisão
A decisão do STF tem implicações significativas para as empresas que operam sob o modelo de franquia no Brasil. Segundo o diretor jurídico da Prudential, Pedro Mansur, a resistência de alguns órgãos judiciais de seguir os precedentes do STF tem causado insegurança jurídica para as empresas.
Por outro lado, o ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho, Alberto Bresciani, que emitiu um parecer sobre o caso, acredita que a decisão do STF reforça os princípios de livre iniciativa e concorrência.
Conclusão
A decisão do STF no caso Prudential vs Sócia controladora reafirma a posição da corte de que contratos de franquia não configuram relação de emprego. Esta decisão proporciona maior segurança jurídica para empresas que operam sob o modelo de franquia no Brasil, embora também possa ter implicações para os direitos dos trabalhadores nessas empresas.
Para ler a decisão completa, clique aqui(https://example.com/decisão).
`Rcl 61.440`
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