Notícias
A Ciência e a Arte do Queijo Artesanal em Minas Gerais
O queijo é mais do que um simples alimento em Minas Gerais – é uma herança cultural, um pilar econômico e um símbolo de identidade. No entanto, por trás de sua produção, há uma ciência complexa e fascinante. Vamos explorar o mundo do queijo artesanal mineiro e a importância da ciência na valorização deste produto único.
O Impacto Cultural e Econômico do Queijo Mineiro
Minas Gerais é conhecida por sua intensa produção de queijos, atividade que gera renda para milhares de famílias e contribui significativamente para a economia local. Diversas famílias, como a família Modesto, têm várias gerações dedicadas à produção de queijo, o que reforça a importância cultural e econômica deste produto.
O Poder da Caracterização na Valorização do Queijo
A caracterização é um processo científico vital que ajuda a identificar as qualidades únicas de um queijo, contribuindo para sua valorização. O queijo Paiol Velho, produzido pela família Modesto, é um exemplo de como a caracterização pode impulsionar o reconhecimento e a demanda por um queijo.
O Processo de Caracterização
A caracterização começa com um estudo detalhado realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Este estudo identifica os aspectos históricos de produção, volume e famílias produtoras, além das características de clima, solo e paisagem da região.
O Impacto da Caracterização na Valorização do Queijo
A caracterização ajuda a diferenciar um queijo de seus concorrentes, aumentando sua visibilidade e demanda. O valor do queijo Paiol Velho, por exemplo, mais que dobrou desde que foi caracterizado.
A Importância da Pesquisa na Produção de Queijo
O Governo de Minas investe em pesquisas relacionadas aos queijos artesanais. As pesquisas auxiliam na identificação de novos tipos de queijo artesanal e novas regiões produtoras, o que agrega valor ao produto.
O Papel da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig)
Nos últimos cinco anos, a Fapemig investiu mais de R$ 18,3 milhões em pesquisas sobre queijos artesanais. Estes estudos abordam aspectos como a promoção da sustentabilidade e a melhoria da qualidade em toda a cadeia produtiva.
A Contribuição do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT)
O ILCT, unidade da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), desenvolve diversos projetos relacionados aos queijos artesanais com o financiamento da Fapemig.
A Influência da Pesquisa na Qualidade do Queijo
A pesquisa é fundamental para aumentar a segurança, reduzir defeitos e valorizar o queijo. A família Modesto, por exemplo, participou de um projeto da Epamig/ILCT, que contribuiu para aprimorar a qualidade de seu queijo.
Regiões Caracterizadas em Minas Gerais
Em Minas Gerais, o modo de fazer o Queijo Minas Artesanal é reconhecido como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Atualmente, o estado possui dez regiões caracterizadas como produtoras deste tipo de queijo e cinco regiões produtoras de outros tipos de queijos artesanais.
Conclusão
A ciência desempenha um papel crucial na produção de queijo em Minas Gerais, desde a caracterização até a pesquisa. Graças a esses esforços, o queijo mineiro continua a ser um produto de alta qualidade que reflete a rica cultura e tradição da região.
Ao reconhecermos a ciência por trás do queijo, não apenas valorizamos o produto, mas também honramos o trabalho e a dedicação de milhares de famílias produtoras que representam a alma deste patrimônio imaterial.
Referências:
1. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG)
2. Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)
3. Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig)
4. Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT)
5. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
> ‘A caracterização foi tudo para o produtor regional. Se não tivesse esse processo, nós seríamos mais um produto sem origem. Hoje, nós fazemos parte de um grupo’ – Luiz Eugênio Modesto, produtor de queijo.
—
Nota do autor: Neste artigo, usei o termo ‘caracterização’ para se referir ao processo de identificação e descrição das qualidades únicas de um queijo. Este processo é fundamental para a valorização do queijo e é realizado por instituições especializadas como a Emater-MG e o IMA.
Para informações adicionais, acesse o site