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A análise da delação do tenente-coronel Mauro Cid
A tão esperada delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, surpreendentemente, não apresentou informações comprometedoras ao ex-presidente. Tal avaliação veio do subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos.
A Delação Premiada de Cid
> “A delação não achei forte”, afirmou o subprocurador, em entrevista à revista Veja.
As informações fornecidas pelo militar à Polícia Federal não pareceram sólidas para Santos. Ele observou que o que foi revelado precisa ser corroborado antes de qualquer conclusão.
A Tentativa de Golpe e a Marinha do Brasil
Quando questionado sobre a suposta tentativa de golpe do ex-presidente, Santos afirmou que não há nenhuma prova. Ele também negou que houvesse indícios de que a Marinha do Brasil teria aceitado impor um regime autoritário no país.
> “Um anexo conta a versão dessa história”, revelou o subprocurador.
A Visão de Santos e a CPMI do 8 de Janeiro
A análise de Santos contrasta com a apresentada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Após quatro meses de trabalho, a comissão sugeriu o indiciamento de Bolsonaro e de 60 aliados.
A relatora, senadora Eliziane Gama, sugere que o ex-presidente seja responsabilizado pelos crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ela acredita que Bolsonaro teria responsabilidade pelos atos de vandalismo no 8 de janeiro.
A Avaliação de Santos
Santos, no entanto, tem uma visão diferente.
> “Não posso chegar e dizer que isso aqui é lixo porque, de uma forma ou de outra, como as investigações estão correndo, podem surgir elementos que comprovem alguma coisa”
Ele foi cauteloso ao avaliar se a delação de Cid poderia revelar que Bolsonaro teria orquestrado as manifestações na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
> “Mas dizer que aquilo ali são elementos fortes, que podem virar a República… Se fossem, eu já teria oferecido a denúncia.”
Conclusão
A análise da delação do tenente-coronel Mauro Cid por Carlos Frederico Santos revela um cenário complexo, onde a verdade ainda precisa ser corroborada. O subprocurador-geral da República não vê força nas revelações, enquanto a CPMI sugere o indiciamento de Bolsonaro. Este caso ainda está em aberto e aguarda a conclusão das investigações.
Fontes:
– Revista Oeste
– Revista Veja
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