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Monstras: O Grito Ancestral Contra o Etarismo Feminino nas Artes Cênicas
Quando as Bruxas Voltam a Encantar
Imagine um mundo onde ser chamada de “bruxa” não é mais um insulto, mas uma forma de celebrar o poder feminino. No espetáculo *Monstras*, três artistas brasileiras – Cynthia Paulino, Marta Neves e Neise Neves – transformam essa ideia em realidade. Com uma sessão única no Teatro Marília, em 22 de março, às 20h, elas dão vida a uma narrativa que desafia preconceitos arraigados e ressignifica a imagem das mulheres mais velhas. Mas por que este tema ainda reverbera tanto na sociedade moderna? E como ele pode nos ajudar a refletir sobre nossa própria percepção do envelhecimento?
A Vilanização das Mulheres Velhas: Um Legado Histórico
Durante séculos, a figura da mulher idosa foi associada ao perigo e à ameaça. Na Idade Média, quando a Inquisição lançou sua caça às bruxas, as mais velhas eram os alvos preferidos. Por quê? Porque elas detinham conhecimento, experiências acumuladas e saberes ancestrais – qualidades que, para a Igreja Católica, representavam uma ameaça à ordem patriarcal.
Essa vilanização não parou ali. Ao longo dos anos, diferentes formas de arte reforçaram o estereótipo negativo. Filmes, livros e peças de teatro consolidaram a imagem da bruxa má, da medusa cruel ou do dragão assustador. Essas figuras passaram a simbolizar tudo o que era indesejável no universo feminino. Mas e se essas monstras fossem, na verdade, símbolos de força e resistência?
O Que É Monstras e Por Que Você Deve Assistir?
Escrito por Marta Neves e com trilha sonora original de Neise Neves, *Monstras* é muito mais do que uma peça de teatro. É um manifesto contra o etarismo feminino – o preconceito relacionado à idade das mulheres. Através de diálogos carregados de bom humor e momentos tensos de ameaça, as artistas expõem os comentários depreciativos que ouvem diariamente.
Mas aqui está o diferencial: elas não apenas denunciam o problema, como também o transformam em algo empoderador. Ser chamada de “bruxa” ou “medusa” deixa de ser um insulto e se torna uma forma de reconhecer o poder ancestral dessas mulheres. Como diz uma das falas da peça: “A mulher, quanto mais velha é, mais conhece a potência do fogo.”
Por Que o Etarismo Feminino Persiste na Sociedade Moderna?
3.1. A Pressão Estética e o Culto à Juventude
Em uma era dominada pelas redes sociais, a juventude é constantemente idolatrada. As mulheres são bombardeadas com anúncios de cremes anti-idade, procedimentos estéticos e dietas milagrosas. Mas até que ponto isso reflete uma preocupação genuína com a saúde, e até que ponto é uma imposição social?
3.2. O Papel da Mídia na Construção de Narrativas Negativas
A mídia tem um papel crucial na perpetuação desses estereótipos. Programas de TV, filmes e propagandas frequentemente retratam as mulheres mais velhas como dependentes, fracas ou até mesmo invisíveis. Esse tipo de representação influencia diretamente a maneira como a sociedade enxerga essas mulheres.
3.3. O Impacto Psicológico do Etarismo
Não se engane: o etarismo não é apenas um problema social, mas também psicológico. Mulheres que enfrentam preconceitos relacionados à idade relatam baixa autoestima, ansiedade e até depressão. A peça *Monstras* aborda esses impactos de forma visceral, levando o público a questionar seus próprios preconceitos.
O Peso das Palavras: Como os Comentários Depreciativos Moldam Nossas Vidas
Você já ouviu alguém chamar uma mulher mais velha de “bruxa”? Ou talvez tenha usado essa expressão sem pensar no peso que ela carrega. A linguagem é uma ferramenta poderosa, capaz de construir ou destruir identidades. Em *Monstras*, as artistas exploram esse conceito, mostrando como palavras aparentemente inofensivas podem ter um impacto devastador.
A Arte Como Ferramenta de Transformação Social
5.1. O Papel do Teatro na Discussão de Questões Sociais
O teatro sempre foi um espaço de reflexão e crítica social. Desde as tragédias gregas até as peças contemporâneas, ele serve como um espelho para a sociedade, expondo suas contradições e injustiças. *Monstras* segue essa tradição, utilizando a arte como uma arma contra o preconceito.
5.2. Cynthia Paulino, Marta Neves e Neise Neves: Três Vozerões em Defesa da Igualdade
Cada uma das criadoras de *Monstras* traz uma bagagem única para o projeto. Cynthia Paulino, com sua experiência em performances corporais, Marta Neves, com sua habilidade em criar textos provocativos, e Neise Neves, com sua sensibilidade musical, formam uma tríade poderosa. Juntas, elas constroem uma narrativa que desafia e inspira.
Uma Nova Perspectiva Sobre o Envelhecimento
E se envelhecer não fosse algo a ser temido, mas celebrado? Essa é a mensagem central de *Monstras*. A peça convida o público a repensar sua relação com o tempo e a idade. Em vez de ver o envelhecimento como uma perda, ele pode ser encarado como um ganho – uma oportunidade de acumular sabedoria, experiência e poder.
Por Que Este Espetáculo É Importante Para o Momento Atual?
Vivemos em uma época de grandes mudanças sociais. Movimentos como o feminismo e o ativismo antirracista têm ganhado força, questionando estruturas opressoras. No entanto, o etarismo feminino ainda é um tema pouco discutido. *Monstras* vem preencher essa lacuna, trazendo à tona uma conversa urgente e necessária.
Como a Música Reforça a Mensagem da Peça?
A trilha sonora de Neise Neves é um elemento fundamental de *Monstras*. Ela combina ritmos tradicionais com elementos modernos, criando uma atmosfera que oscila entre o misterioso e o empoderador. A música não apenas complementa a narrativa, como também amplifica suas emoções.
O Que Esperar da Única Apresentação?
Se você pensa que *Monstras* é apenas mais uma peça de teatro, prepare-se para se surpreender. A apresentação promete ser uma experiência sensorial completa, que vai além do simples entretenimento. Prepare-se para rir, refletir e, quem sabe, sair do teatro com uma nova perspectiva sobre o envelhecimento feminino.
Conclusão: O Legado de Monstras
No final das contas, *Monstras* é mais do que uma peça de teatro; é um convite para repensar nossas crenças e atitudes. Ele nos lembra que, assim como as bruxas da Idade Média, as mulheres mais velhas de hoje carregam um poder ancestral que merece ser celebrado, não temido. Ao assistir a esta obra, você não estará apenas assistindo a uma apresentação artística, mas participando de um movimento cultural que busca mudar o mundo.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. Qual é o tema principal de Monstras?
O tema principal é o etarismo feminino, ou seja, o preconceito relacionado à idade das mulheres. A peça explora como as mulheres mais velhas são frequentemente marginalizadas e como podemos ressignificar essa narrativa.
2. Quem são as criadoras de Monstras?
As criadoras são Cynthia Paulino, Marta Neves e Neise Neves. Cada uma delas contribui com sua expertise: Cynthia na performance corporal, Marta no texto e Neise na trilha sonora.
3. Onde e quando será a apresentação?
A apresentação será no Teatro Marília, em Belo Horizonte, no sábado, dia 22 de março, às 20h.
4. Por que a peça usa figuras como bruxas e medusas?
Essas figuras são usadas para explorar como a sociedade associa características negativas às mulheres mais velhas. A peça transforma essas imagens em símbolos de poder e resistência.
5. Como posso garantir meu ingresso para Monstras?
Os ingressos podem ser adquiridos diretamente no site do Teatro Marília ou em pontos de venda autorizados. Devido à sessão única, recomenda-se comprar com antecedência.
Para informações adicionais, acesse o site
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