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Impactos do Garimpo na Saúde das Comunidades Ribeirinhas no Amazonas
Introdução
A atividade do garimpo, embora forneça a muitas pessoas uma fonte de renda, tem um impacto direto na saúde das comunidades ribeirinhas no Amazonas. Não é preciso ir muito longe da cidade de Manicoré para se deparar com a realidade vivida pela população por causa da exploração do ouro.
Localização e Impacto do Garimpo
Manicoré está localizada na região sul do estado do Amazonas, a cerca de 331 km da capital, e é banhada pelo Rio Madeira, um dos mais afetados pelo garimpo nos últimos anos. O garimpo tem se intensificado nas margens do rio, deixando marcas não apenas na paisagem, mas também na saúde dos moradores.
Crescimento do Garimpo no Brasil
O garimpo no Brasil teve um crescimento significativo em 2022. De acordo com dados do MapBiomas, somente no ano passado a área ocupada pelo garimpo aumentou cerca de 35 mil hectares, o tamanho equivalente a uma cidade como Belo Horizonte.
Influxo de Garimpeiros
A busca pelo ouro atraiu centenas de garimpeiros de diversas partes do país e do mundo nos últimos anos. Este aumento na atividade de mineração não regulamentada resultou em uma série de consequências, sendo uma das mais preocupantes a saúde da população local.
Impacto na Saúde
Os impactos do garimpo na saúde são preocupantes. A contaminação indireta é o grande problema, proveniente do consumo de peixes contaminados por mercúrio. Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), Greenpeace, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil, revelou que mais de 20% dos peixes vendidos nos 17 centros urbanos visitados possuem níveis de mercúrio superiores aos limites seguros.
Saneamento e Doenças Agudas
Com o período de estiagem que castigou o estado este ano, Manicoré possui um dos menores índices de saneamento básico do estado do Amazonas – apenas 44,43% da população é atendida com abastecimento de água –, as ocorrências de doenças agudas aumentaram significativamente.
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) estão diretamente ligadas ao grande número de prostituição e uso de drogas nesses locais. “[o número de infectados por] HIV e AIDS já é alto, mas sífilis aumentou bastante, além de gonorreia”, disse a médica.
Fonte de Renda
Muitas famílias presentes no garimpo tomaram a decisão de vender seus pertences para investir no garimpo como fonte única de renda. Alguns optaram por deixar para trás a agricultura e o extrativismo, pois encontraram no garimpo uma atividade mais lucrativa.
Garimpo Familiar
Na região do Pandegal, onde o garimpo molda o cotidiano da comunidade, encontramos o que os moradores chamam de “Garimpo Familiar”. Essa prática envolve essencialmente todas as famílias da comunidade que possuem as próprias ‘dragas’ e que colaboram entre si na produção, restauração e construção desses equipamentos.
Aumento das Despesas
Com mais de quatro décadas trabalhando no garimpo, Luiz Gonzaga Nascimento da Silva se afastou das atividades há mais de dois anos. Ele viu o declínio do ouro e o aumento das despesas, o que o levou a repensar seu sustento.
Operações contra o Garimpo Ilegal
Desde 2021 têm acontecido operações contra o garimpo ilegal na região do Rio Madeira, que consistem na destruição total das balsas. Só em setembro deste ano, 302 balsas foram destruídas no Rio Madeira durante uma operação da PF que durou 12 dias.
Conclusão
A prática do garimpo tornou-se uma questão complexa que envolve interesses políticos, ambientais e econômicos. Enquanto alguns defendem a atividade como geradora de empregos e renda, outros a acusam de ser uma ameaça ao meio ambiente e à saúde das comunidades locais. É crucial encontrar um equilíbrio entre a necessidade de sobrevivência econômica e a preservação do ambiente natural e da saúde das comunidades.
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