Notícias
Emissões de gás carbônico aumentam drasticamente com queimadas na Região Metropolitana de São Paulo
Um estudo recente de pesquisadores da USP e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) destacou a relação direta entre as queimadas na floresta amazônica, Pantanal e cana-de-açúcar, e a qualidade do ar na cidade de São Paulo.
O impacto das queimadas
Segundo a pesquisa, em dias com ocorrência de fumaça, o aumento excessivo de dióxido de carbono (CO2) variou entre 100% e 1178%, consideravelmente maior do que em dias sem fumaça. Este estudo foi publicado na revista científica Science of the Total Environment.
Queimada próxima a Porto Velho, em Rondônia.
O Projeto Metroclima
Esse estudo faz parte do projeto Metroclima, criado em 2020 com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto conta com a colaboração de diversas instituições brasileiras e estrangeiras.
> ‘O objetivo é a criação de uma rede de medida de gases de efeito estufa (GEE), como o CO2 e o metano (CH4), na cidade de São Paulo, para avaliação de suas fontes e variabilidade temporal’, explica a coordenadora do projeto, professora Maria de Fátima Andrade.
A importância das redes de monitoramento
Nos dias com eventos de fumaça na área metropolitana da cidade de São Paulo, as concentrações de material particulado fino excederam o padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 99% das estações de monitoramento da qualidade do ar. Além disso, o pico de excesso de CO2 foi de 100% a 1178% maior do que nos dias sem evento de fumaça.
> ‘Os resultados estão sendo obtidos para ser possível uma análise de longo prazo’, observa Maria de Fátima Andrade.
Efeitos nocivos da poluição do ar
A poluição do ar é a principal causa ambiental de doenças e mortes prematuras no mundo. As partículas finas de poluição do ar, também conhecidas como partículas finas ou PM2.5, são responsáveis por 6,4 milhões de mortes todos os anos.
A situação de países em desenvolvimento
Cerca de 95% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento, onde bilhões de pessoas estão expostas a concentrações internas e externas de PM2.5 várias vezes maiores do que as diretrizes estabelecidas pela OMS.
O custo dos danos à saúde causados pela poluição do ar
Um relatório do Banco Mundial estimou que o custo dos danos à saúde causados pela poluição do ar chega a US$ 8,1 trilhões por ano, o equivalente a 6,1% do PIB global.
Mudanças climáticas e a qualidade do ar
Um aumento previsto na frequência, intensidade e duração das ondas de calor e um aumento associado de incêndios florestais em consequência das mudanças climáticas neste século provavelmente piorarão a qualidade do ar, prejudicando a saúde humana e os ecossistemas.
‘Penalidade climática’
A interação entre poluição e mudança climática imporá uma “penalidade climática” adicional para centenas de milhões de pessoas, de acordo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
> ‘À medida que o globo esquenta, os incêndios florestais e a poluição do ar associada devem aumentar, mesmo em um cenário de baixas emissões’, alerta Petteri Taalas, secretário geral da OMM.
Participantes do Projeto Metroclima
O projeto Metroclima conta com a participação de pesquisadores de diversas instituições, incluindo o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Instituto de Química (IQ), Instituto de Física (IF), Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e Instituto de Geociências (IGc).
Colaboração internacional
No exterior, contribuem com o projeto estudiosos da NASA Jet Propulsion Laboratory (JPL), National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e Northestern University (Estados Unidos), Max Planck Institutes (Alemanha) e University of Surrey (Reino Unido).
Mais informações
Para obter mais informações, você pode entrar em contato com a professora Maria de Fátima Andrade através do e-mail [email protected].
Para informações adicionais, acesse o site
‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.