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A GLO do Mar” é única – Uma análise detalhada”
O vice-almirante Renato Rangel Ferreira, comandante da Área de Operações da Marinha, fez uma afirmação intrigante recentemente. Segundo ele, a nova missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) se diferencia de todas as outras já realizadas até então. Mas por que isso é significante? E como isso afeta o cenário de segurança pública do Brasil?
1. A GLO do Mar: Uma visão geral
A missão da GLO, que teve início em uma segunda-feira (6), é apelidada de ‘GLO do Mar’. Isso ocorre porque essa operação tem um foco específico: o mar e os portos. Para essa missão, foram mobilizados aproximadamente 1,9 mil militares e uma variedade de equipamentos está sendo empregada, incluindo navios-patrulha, embarcações e viaturas blindadas.
2. Âmbito da missão
A abrangência da missão está delimitada pelo Decreto 11.765, assinado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. Os militares poderão atuar com viés preventivo e repressivo nos portos do Rio de Janeiro, de Itaguaí (RJ) e de Santos (SP), e também nos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ). O objetivo principal é apoiar ações de combate ao tráfico de armas e de drogas e outros tipos de crimes.
3. Motivação para a GLO
A GLO foi decretada após episódios marcantes envolvendo a segurança pública no Rio de Janeiro, que levaram o governador Cláudio Castro a pedir ajuda federal. No início do mês passado, operações das polícias civil e militar tiveram como alvo lideranças do Comando Vermelho. Investigações apontaram que a facção de traficantes estaria envolvida na execução de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca. As vítimas teriam sido mortas por engano, pois uma delas foi confundida com um miliciano.
4. A operação Lais de Guia
A Marinha atua dentro da missão de GLO por meio da operação Lais de Guia. Renato Rangel Ferreira explica que a patrulha nos portos já faz parte do escopo das atribuições dos militares. A missão, no entanto, autoriza uma ampliação da abrangência das atividades, permitindo o emprego de tropas em ações específicas.
5. Área de atuação
A patrulha da Marinha na Baía de Guanabara não alcançará a costa do Complexo da Maré, comunidade que foi um dos principais focos das recentes operações das polícias do Rio contra lideranças do Comando Vermelho. Ainda assim, o vice-almirante afirmou que eventuais movimentações de criminosos serão detectadas.
6. A Poligonal do Porto Organizado
“A área de atuação é a Poligonal do Porto Organizado. Qualquer trânsito que aconteça na Baía de Guanabara passa a obrigatoriamente por essa área. Não tem como cruzar a Baía de Guanabara sem passar pela poligonal”, explicou o vice-almirante.
7. Inclusão do Porto de Santos
Renato Rangel Ferreira também explicou a decisão de incluir o Porto de Santos na missão e não o Porto de Paranaguá (PR). “Temos informações que existe uma interligação entre o crime organizado que atua no Porto de Santos e no Porto do Rio de Janeiro, por onde passa boa parte do comércio marítimo. Por isso, eles estão conectados nessa operação. É o que eu posso informar.”
8. As GLOs na Constituição Federal
Previstas na Constituição Federal, as GLOs conferem às Forças Armadas a autonomia necessária para que atuem com poder de polícia, por tempo determinado, em área previamente definida. Cabe ao presidente da República decretá-las, o que só deve ocorrer em situações graves de perturbação da ordem.
9. Missões anteriores de GLO
Desde 1992, já foram realizadas 145 missões de GLO no país, mas boa parte delas foram voltadas para preservação da segurança pública em três situações específicas: greves de policiais militares, grandes eventos e processos eleitorais.
10. Duração da nova missão
Concentrada em três portos e dois aeroportos, a nova missão ocorre até 3 de maio de 2024. Como está limitada a áreas específicas de controle federal, não há interferência na atuação das forças de segurança dos estados.
11. Comitê de acompanhamento das ações de segurança
Foi instalado um comitê de acompanhamento das ações de segurança, sob coordenação dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Mucio.
12. Articulação com outros atores
De acordo com o vice-almirante, a Marinha atuará de forma articulada com todos os atores que têm participação nos portos do Rio de Janeiro, de Itaguaí e de Santos. Ele apresentou a operação acompanhado de representantes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e da Receita Federal.
Em resumo, a ‘GLO do Mar’ é um passo significativo na luta contra a criminalidade em nossos portos e aeroportos. Com a cooperação entre vários setores do governo e das forças de segurança, espera-se que esta missão tenha um impacto significativo na redução do tráfico de armas, drogas e outros crimes.
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