Estrada Real – O Monumento Nacional ressalta a herança histórica do estado

Introdução

Minas Gerais, lar de mais de 60% do patrimônio histórico do Brasil, orgulha-se de seu rico legado histórico, que foi recentemente acentuado com a designação da Estrada Real como Monumento Nacional. A lei 14.698, que confere este título, foi oficialmente registrada em 20 de outubro no Diário Oficial da União (DOU).

Estrada Real: Uma visão geral

A Estrada Real, com mais de 1.630 quilômetros de extensão, atravessa os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Minas Gerais abriga a maioria das cidades na rota da Estrada Real, com 169 dos 199 municípios ou distritos que fazem parte da Estrada Real. Um dos destaques é Ouro Preto, a primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Mundial pela Unesco, em 1980.

Trajetos da Estrada Real

A Estrada Real é composta por quatro grandes trajetos: o Caminho Velho, o Caminho do Sabarabuçu, o Caminho Novo e o Caminho dos Diamantes. Estes caminhos são lar de cerca de 40 bens protegidos pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), localizados em 21 municípios mineiros.

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Lista de municípios contendo bens protegidos:
– Barbacena
– Caeté
– Carandaí
– Catas Altas
– Caxambu
– Conceição do Mato Dentro
– Congonhas
– Conselheiro Lafaiete
– Diamantina
– Entre Rios de Minas
– Juiz de Fora
– Mariana
– Ouro Branco
– Ouro Preto
– Passa Quatro
– São Lourenço
– Sabará
– Santa Bárbara
– Santos Dumont
– Serro
– Simão Pereira
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Estes bens protegidos ao longo da Estrada Real têm sido preservados desde a década de 1980 pelo Iepha, uma entidade de referência na orientação para a municipalização das políticas de proteção ao patrimônio cultural.

O impacto da Estrada Real na história de Minas Gerais

Através da preservação de seu patrimônio, Minas Gerais busca preservar sua história e fortalecer o turismo, contribuindo para a geração de empregos e renda nos municípios. Dos quatro sítios mineiros reconhecidos como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, três estão na Estrada Real: o acervo arquitetônico e artístico do centro histórico de Ouro Preto, o centro histórico de Diamantina e o Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas.

> Leônidas Oliveira, Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais: “O título de Monumento Nacional, conferido à Estrada Real, potencializa Minas Gerais como destino cultural e turístico. A qualificação contribui para reforçar Minas Gerais como destino com diversos atrativos, em especial, os patrimônios históricos, mas podemos citar também a cozinha mineira, clássica e contemporânea, além das cachoeiras e diversas paisagens naturais do nosso estado. Assim, o potencial turístico e econômico da região poderá ser amplificado com esse reconhecimento”.

Origem da Estrada Real

A Estrada Real remonta à época do Brasil colonial, em meados do século 18, tendo seu percurso criado pela Coroa Portuguesa para oficializar e facilitar o escoamento de ouro e diamante de Minas para os portos do Rio de Janeiro. A própria expansão social e econômica de Minas Gerais está intimamente ligada à Estrada Real, um caminho onde vilarejos e distritos, que depois se tornaram cidades de diferentes tamanhos, se formaram ao seu redor. Com o trânsito de pessoas e mercadorias, houve uma complexa relação entre diversos grupos sociais.

Projeto de Lei

A Lei 14.698 foi sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (20/10). A norma teve origem no projeto de lei (PL) 1.854/2021, do deputado federal Reginaldo Lopes, e foi aprovada pela Comissão de Educação e Cultura (CE) do Senado em setembro. O relator da matéria foi o senador mineiro Carlos Viana.

Fonte: Agência Minas

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