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Caso Samarco – Impactos Contínuos Atingem Renda e Alimentação, Revela Estudo
Uma pesquisa recente realizada em 15 municípios de Minas Gerais indica que a população ainda enfrenta as consequências do rompimento da barragem da mineradora Samarco, que ocorreu há exatos oito anos.
Contexto
Em 5 de novembro de 2015, a barragem da Samarco, localizada em Mariana, se rompeu, causando uma avalanche de resíduos que escoou pela Bacia do Rio Doce. A tragédia resultou na morte de 19 pessoas e impactou populações de dezenas de municípios mineiros e capixabas. No entanto, ninguém foi preso.
Impactos Continuados
Segundo o estudo, a falta de peixes e a baixa produção agrícola são indicativos de um dano contínuo, que persiste restringindo a renda e a alimentação dos atingidos. Além disso, mais de um terço dos entrevistados afirmaram que não tiveram acesso a nenhum programa de reparação e mais de 80% consideram que ainda são necessárias medidas para garantia de trabalho, geração de renda e promoção da saúde.
O Estudo
O estudo foi conduzido pela Associação Estadual de Defesa Ambiental (Aedas), entidade escolhida pelos próprios atingidos dessas 15 cidades para prestar assessoria técnica. As entrevistas foram realizadas com 1.873 pessoas, pertencentes a aproximadamente 600 núcleos familiares.
Dados Coletados
Os dados foram coletados entre os meses de junho e setembro com moradores de várias cidades, incluindo Belo Oriente, Naque, Ipaba, Ipatinga, Periquito, Bugre, Iapu, Santana do Paraíso, Fernandes Tourinho, Sobrália, Caratinga, Conselheiro Pena, Resplendor, Itueta e Aimorés.
Consequências para a Pesca e Agricultura
De acordo com o levantamento, a má qualidade da água do Rio Doce tem uma relação direta com os danos mencionados pelos atingidos. Aqueles que tinham a pesca como fonte de renda e de alimento afirmam que não conseguem mais pescar como antes do rompimento da barragem. Além disso, os produtores rurais que dependem do Rio Doce para irrigação lamentam que as plantações se tornaram menos resistentes e produtivas.
Impacto Econômico
Os resultados do estudo mostram que 91,94% dos entrevistados afirmaram que as despesas pessoais ou familiares aumentaram após o rompimento da barragem, sendo que para 84,89% houve um aumento nos gastos com alimentação.
Danos de Gênero
O estudo também buscou entender os danos sob uma perspectiva de gênero. Para 75,11% dos entrevistados, houve um aumento nas atividades ou nas tarefas realizadas por mulheres.
Medidas Reparatórias
O estudo realizado pela Aedas buscou ainda observar o alcance de medidas reparatórias e o grau de participação no processo de construção dessas medidas. De acordo com o levantamento, 75% dos entrevistados afirmam não ter recebido o auxílio emergencial.
Fundação Renova
Em nota, a Fundação Renova, responsável pela gestão de mais de 40 programas visando reparar os danos causados na tragédia, afirma que, até agosto de 2023, foram destinados R$ 32,66 bilhões às ações de reparação e compensação.
Depoimentos
Para marcar os oito anos da tragédia, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) lançou a campanha Revida Mariana, divulgando histórias pessoais relacionadas com a tragédia.
Conclusão
Os danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco continuam a afetar a vida de muitas pessoas, principalmente no que diz respeito à renda e à alimentação. Embora medidas reparatórias tenham sido implementadas, muitos atingidos ainda sentem que muito mais precisa ser feito.
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