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Entendendo a Nakba – Uma Análise Profunda da Catástrofe Palestina
A Nakba, traduzida do árabe como ‘catástrofe’, é uma referência à expulsão e deslocamento em massa dos palestinos durante a criação do estado de Israel em 1948. Este artigo busca esclarecer os eventos que compõem a Nakba e sua influência duradoura no conflito israelense-palestino.
O Contexto da Nakba
O cenário para a Nakba foi estabelecido pela Resolução 181 das Nações Unidas, que recomendou a divisão da Palestina entre árabes e judeus. O resultado foi o estabelecimento do Estado de Israel e o início de uma catástrofe para os palestinos.
A Criação do Estado de Israel e o Início da Nakba
O Estado de Israel foi declarado em 1948, um dia após a celebração da independência israelense. O novo estado foi recebido com hostilidade pelos países árabes vizinhos, que iniciaram uma ofensiva contra Israel, desencadeando a primeira guerra árabe-israelense.
> ‘A criação do Estado de Israel levou ao deslocamento de cerca de 700.000 a 800.000 palestinos e à destruição de entre 400 e 500 aldeias palestinas.’
O Êxodo Palestino
A guerra resultou em um êxodo em massa de palestinos de suas terras, um evento que passou a ser conhecido como a Nakba. Estima-se que até 800.000 palestinos foram forçados a deixar suas casas e terras.
O Direito ao Retorno
Em dezembro de 1948, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Resolução 194, que concedia aos palestinos deslocados o direito de retornar às suas terras se assim desejassem. No entanto, essa resolução nunca foi implementada.
O Legado da Nakba
A Nakba deixou marcas profundas na população palestina. De acordo com a relatora especial das Nações Unidas para a Palestina Ocupada, Francesca Albanese, cerca de 40% dos palestinos na Cisjordânia são refugiados da Nakba. Além disso, a maioria dos residentes da Faixa de Gaza são refugiados ou descendentes de refugiados.
A Nakba no Calendário Palestino
A memória da Nakba foi oficializada no calendário palestino em 1998 pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat. No entanto, em 2011, o Parlamento israelense aprovou uma lei que permite a suspensão de recursos para instituições que celebram a Nakba.
A Perspectiva Palestina
Para entender como o povo palestino percebe a criação do Estado de Israel, conversamos com dois especialistas no assunto.
Entrevista com Soraya Misleh
Soraya Misleh, uma jornalista palestino-brasileira e filha de um sobrevivente e refugiado da Nakba, descreve a criação do Estado de Israel como resultado de uma ‘limpeza étnica planejada’. Ela argumenta que a Nakba foi um projeto colonial que começou no final do século 19 com o surgimento do sionismo político moderno.
Entrevista com Bernardo Kocher
Bernardo Kocher, professor de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) e especialista em história contemporânea, vê a Nakba como o contraponto à alegria que os israelenses sentiram ao criar seu estado nacional.
A Reação Internacional
A criação do Estado de Israel e o subsequente deslocamento dos palestinos foram recebidos com silêncio pela comunidade internacional.
> ‘Infelizmente, a cumplicidade internacional em relação ao que acontece com os palestinos é histórica, desde antes de 1948, e continua até hoje.’ – Soraya Misleh
A Importância da Nakba para os Palestinos
A Nakba continua sendo um elemento central na identidade palestina. Para muitos palestinos, a Nakba é um evento presente, uma lembrança constante da injustiça e do deslocamento que ainda estão vivendo.
O Direito de Retorno e a Paz
A demanda pelo direito de retorno dos palestinos deslocados na Nakba é vista por muitos como um obstáculo para a paz com Israel. No entanto, para os palestinos, esse é um direito inalienável e inegociável.
Conclusão
A Nakba é um elemento crucial para entender o conflito israelense-palestino. Até que a questão dos refugiados palestinos seja resolvida, a paz na região permanecerá fora de alcance.
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