Taxas de juros assustam o setor produtivo

Taxas de juros desencorajam empresas

O acesso ao crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) para empresas com faturamento de até R$ 300 milhões é considerado inviável por representantes de negócios do Vale do Taquari.

As condições para a liberação de R$ 1 bilhão para empreendimentos de mais de 90 cidades gaúchas em situação de calamidade foram analisadas pela equipe do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI).

## A audiência e a expectativa

Antes da audiência, havia incerteza sobre o limite de recursos por CNPJ e a tarifa de juros. Informações não oficiais sugerem uma taxa de juros de 1,75% ao mês, ou 21% ao ano.

O presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa, argumenta que esse é um percentual elevado, afirmando que algumas indústrias perderam até R$ 50 milhões.

Comparação com o setor do agro

Rosa compara a situação com a do setor agrícola, onde o BNDES oferece juros anuais de apenas 6,5% para os produtores rurais.

Ele destaca que mais de 18 empresas da região, que empregam mais de 8 mil pessoas, estão sofrendo com as altas taxas de juros.

Intervenção federal

Existe um movimento liderado pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, para reduzir essa taxa de juros.

O governo federal planeja aportar R$ 100 milhões ao BNDES como garantia para as operações.

Instituições financeiras e os contratos

Está prevista a abertura para 47 instituições financeiras firmarem os contratos. O valor por banco credenciado será de R$ 10 milhões.

As empresas interessadas no crédito poderão firmar contrato com mais de uma financiadora, sendo o critério principal possuir uma conta-corrente.

Preservação de empregos e manutenção da produção

A Lorenzon Plásticos, empresa de Encantado, ainda está contabilizando os prejuízos após as inundações de setembro.

Apesar dos prejuízos, a empresa manteve o emprego dos 100 funcionários.

Expectativa de ampliação do capital de giro

A Vinagres Prinz, de Lajeado, também espera poder aumentar seu capital de giro nesta fase de instabilidade.

A empresa retomou as atividades há 15 dias, com cerca de 80% das linhas de produção em funcionamento.

Importância dos créditos diferenciados

Jônia Keller, diretora financeira da Vinagres Prinz, enfatiza a importância de créditos diferenciados neste momento.

Ela lamenta a perda de equipamentos e documentos da empresa devido à catástrofe, e vê a necessidade de crédito extra para estancar as perdas.

Desemprego e suspensão de contratos

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as 20 cidades gaúchas em calamidade lideram o número de vagas de trabalho formais encerradas em setembro.

Possibilidade de suspensão dos contratos de trabalho

Ângelo Fontana, sócio da Fontana S.A, acredita que se os créditos demorarem mais tempo, haverá mais desligamentos.

O governo federal sinalizou a possibilidade de suspensão dos contratos de trabalho, o que pode ajudar a mitigar a situação.

Impacto da enchente no trabalho

Conforme dados do Caged, Encantado sofreu o maior impacto, com 186 vagas de trabalho encerradas.

O número total de postos de trabalho fechados em setembro nas cidades em calamidade no Vale do Taquari foi de 653.

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