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Taxas futuras de juros no Brasil aumentam após dados de emprego nos EUA, mas perdem força e terminam em queda
As taxas futuras de juros no Brasil tiveram um aumento significativo na sexta-feira após a divulgação de dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. No entanto, ao longo do dia, esse movimento perdeu força e as taxas terminaram em queda.
A expectativa dos investidores
Na abertura dos negócios, os investidores estavam focados nos dados do relatório payroll, que diz respeito às vagas de emprego nos EUA. Após a divulgação desses dados, os rendimentos dos Treasuries tiveram fortes altas, o que puxou os juros futuros em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Dados de emprego nos EUA
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que a economia do país abriu 336.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam a abertura de 170.000 vagas — quase metade do que foi verificado.
Reação do mercado brasileiro
No Brasil, houve uma forte alta das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) após a divulgação do payroll. A taxa dos contratos para janeiro de 2026 chegou a subir 32 pontos-base ante o ajuste da véspera, enquanto a taxa dos contratos para janeiro de 2027 avançou 30 pontos-base.
Correção das taxas de juros
No entanto, em um momento posterior da sessão, os rendimentos dos Treasuries desaceleraram, o que também se refletiu na perda de força dos juros futuros no Brasil.
Perspectiva do Federal Reserve
Por trás do movimento estava a percepção de que, com a economia dos EUA resiliente e gerando empregos, o Federal Reserve tende a apertar sua política de juros para segurar a inflação.
Resultados no Brasil
No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,244%, igual ao ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,96%, ante 10,981% do ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2026 estava em 10,84%, ante 10,863%.
Conclusão
Com o movimento desta sexta-feira, perto do fechamento a curva a termo precificava em 98% as chances de o corte da Selic em novembro ser de 0,50 ponto percentual. Já as chances de corte de apenas 0,25 ponto percentual — uma possibilidade surgida após o rali mais recente — eram precificadas em 2%.
Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI)
Pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,45% em setembro, acelerando ante a alta de 0,05% em agosto e superando a expectativa da pesquisa da Reuters, de ganho de 0,31%.
Rendimentos dos Treasuries
No exterior, os rendimentos dos Treasuries seguiam em alta no fim da tarde. Às 16:40 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– subia 6,80 pontos-base, a 4,7841%.
Considerações finais
Mesmo com a queda nas taxas de juros futuras no Brasil, os investidores devem continuar atentos ao cenário econômico dos EUA, pois qualquer mudança pode afetar o mercado brasileiro.
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