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Reprimindo a Revolta – Irã intensifica repressão temendo protestos no aniversário da morte de jovem por uso errado do véu
O Irã teme a reação popular à medida que se aproxima o aniversário da morte de uma jovem mulher, punida por usar incorretamente seu véu islâmico. A situação incendiou protestos em todo o país, levando o governo a intensificar sua repressão.
Introdução
O respeitado professor de inteligência artificial, Ali Sharifi Zarchi, foi um defensor público da revolta que sacudiu o Irã no ano passado, após a morte da jovem curda Mahsa Amini. Esse movimento de protesto representa a maior revolta popular no país desde a Revolução Islâmica, em 1979.
> ‘Eles estão tentando garantir a todo custo que nada aconteça na ocasião do aniversário. Isso mostra como estão nervosos com a crescente frustração e descontentamento.’ – Tara Sepehri Far, pesquisadora da Human Rights Watch no Irã.
A Revolta
A revolta eclodiu depois que Mahsa Amini foi presa pela temida polícia de moralidade do país, acusada de não usar seu véu islâmico, o hijab, de acordo com a lei. Ela morreu sob custódia policial em 16 de setembro. Sua morte deu início a protestos em todo o país por quase seis meses e um movimento, liderado por mulheres e meninas, por mudanças democráticas no Irã.
A Reação
O governo iraniano respondeu com uma ampla e intensa repressão. Ativistas dos direitos das mulheres, estudantes, minorias étnicas, um clérigo que se expressou abertamente, jornalistas, cantores e familiares de manifestantes mortos por agentes de segurança foram presos.
Ameaças à Liberdade Acadêmica
No meio dessa repressão, acadêmicos como Sharifi Zarchi foram alvos de expulsões das universidades iranianas. A demissão de Zarchi e outros acadêmicos gerou uma ampla reação, inclusive de ex-funcionários do governo.
A Reação Internacional
A Anistia Internacional divulgou um relatório na semana passada documentando 22 casos de assédio do governo a famílias de manifestantes mortos, incluindo danos aos túmulos de seus entes queridos.
A Preparação para o Aniversário
À medida que se aproxima o aniversário da morte de Amini, o governo iraniano intensificou ainda mais suas ações de repressão. Oficiais seniores do Judiciário prometeram que os manifestantes não teriam piedade.
O Futuro
Os ativistas convocaram protestos para marcar o aniversário da morte de Amini, embora ainda não esteja claro quantas pessoas comparecerão às manifestações. Nos próximos meses, haverá uma série de aniversários marcando essa repressão, na qual pelo menos 500 manifestantes, muitos deles adolescentes e crianças, foram mortos e sete foram executados.
Conclusão
O futuro do Irã permanece incerto, já que a repressão do governo continua e o aniversário da morte de Amini se aproxima. O que é certo, no entanto, é que o povo iraniano continua a lutar por seus direitos e liberdades, apesar da repressão do governo.
‘Resistiremos até o fim’, disse um grupo de famílias em uma declaração publicada no Instagram.
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