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Associação busca doações para refugiados venezuelanos em Fortaleza
Um quadro preocupante tem se desdobrado no centro de Fortaleza, capital do Ceará, onde indígenas venezuelanos da etnia Warao vivem em condições de grande vulnerabilidade. Ao longo dos últimos anos, o número de famílias que buscam refúgio na cidade tem crescido, especialmente desde 2020. Atualmente, cerca de 100 pessoas da etnia Warao, entre adultos e crianças, vivem de aluguel em condições precárias.
A Situação dos Warao em Fortaleza
A história dos Warao em Fortaleza é marcada por dificuldades, desde a luta diária por alimentos e itens básicos de sobrevivência até a busca por trabalho e um lugar seguro para morar.
> ‘A primeira vez que tive contato com eles foi no final de 2021, quando uma amiga percebeu que todos os dias um grupo ficava numa esquina da avenida Dom Manuel’, relata Desiree Rondon, uma migrante venezuelana que mora em Fortaleza há 10 anos. ‘Era uma família com crianças pequenas que seguravam um cartaz no qual escreveram que eram Waraos da Venezuela e estavam pedindo dinheiro.’
A Busca por Ajuda
Desiree, comovida com a situação crítica dos indígenas, se empenhou em buscar auxílio para eles. Ela recorreu à Prefeitura, à Pastoral de Migrantes e a diversas associações, mas, infelizmente, não obteve retorno. Foi então que ela decidiu entrar em contato com a Associação Emaús Terra e Luz.
Associação Emaús Terra e Luz
A Associação Emaús Terra e Luz, presidida por Bárbara Sousa, iniciou uma campanha de arrecadação em maio deste ano. A iniciativa foi bem recebida, tanto nas redes sociais quanto entre os contatos da associação. Em julho, o grupo conseguiu entregar 20 cestas básicas para as famílias Warao.
> ‘A gente pretende continuar acompanhando, até que a Prefeitura faça algo de efetivo,’ afirma Bárbara.
Como Fazer Doações
A Associação Emaús Terra e Luz aceita doações de alimentos não perecíveis e roupas. O grupo está sediado no bairro Joaquim Távora, e é possível entrar em contato por meio do Instagram e pelo WhatsApp.
Serviço
Associação Emaús Terra e Luz
Endereço: Rua Nogueira Acioli, 1979 – Joaquim Távora
Contato: instagram.com/emausterraeluz e (85) 98991 3883 (WhatsApp)
A Resposta do Governo e da Prefeitura
Em resposta à situação dos indígenas Warao, o Estado e o Município afirmam que as famílias estão reconhecidas como refugiadas ou têm o processo de pedido de refúgio em andamento. Além disso, estão cadastradas no CadÚnico, Bolsa Família, Aluguel Social e outros programas de assistência social.
A prefeitura informa que, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, seis famílias foram inseridas no programa Bolsa Família e duas recebem aluguel social. Além disso, foram realizadas ações comunitárias para cadastramento em programas sociais, orientações de saúde, imunização com vacinas, consultas médicas, visitas domiciliares, doação de cestas básicas e roupas.
O governo do Ceará também aponta que os grupos indígenas venezuelanos da etnia Warao são acompanhados pelo Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que assiste migrantes de diversas nacionalidades.
Conclusão
A situação dos refugiados venezuelanos em Fortaleza é complexa e requer ações rápidas e efetivas. Enquanto o governo e a prefeitura afirmam que estão tomando medidas para ajudar essas famílias, a Associação Emaús Terra e Luz e outras organizações não governamentais continuam a fazer o que podem para amenizar a situação. A solidariedade da comunidade também é fundamental neste momento.
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