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Prévia da Inflação Aponta Alta em Agosto – Análise do IPCA-15
Introdução
A prévia da inflação brasileira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou um aumento de 0,28% em agosto. Este crescimento é superior ao registrado em julho (-0,07%), indicando uma tendência de alta na inflação.
Contribuições para o Resultado
Entre os fatores que mais contribuíram para este resultado, destacam-se os aumentos nos grupos de Habitação (1,08%), Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%). Estes três grupos exerceram um impacto combinado de 0,31 pontos percentuais (p.p.) no índice geral.
Habitação
O grupo de Habitação teve a maior influência individual, com uma contribuição de 0,16 p.p. para o resultado geral. Dentro deste grupo, a maior parte do impacto veio do aumento do preço da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 p.p.). Este aumento foi influenciado pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que havia sido creditado nas faturas do mês anterior.
Saúde e Cuidados Pessoais
No grupo de Saúde e cuidados pessoais, o aumento de 0,81% foi principalmente devido aos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Aumentos significativos foram observados nos preços dos produtos para a pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%), que haviam apresentado quedas em julho.
Educação
Em relação ao grupo de Educação, os cursos regulares subiram 0,74%, principalmente por conta dos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).
Outros Grupos com Variação Positiva
Além dos grupos mencionados acima, outros grupos também registraram variação positiva no mês de agosto. Estes incluem Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de residência (0,01%).
Queda no Grupo de Alimentação e Bebidas
Enquanto a maioria dos grupos apresentou aumento, o grupo de Alimentação e bebidas registrou uma queda de -0,65%. Isso se deve principalmente à deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia registrado recuo nos dois meses anteriores.
Alimentação no Domicílio
Dentro do subgrupo de alimentação no domicílio, alguns alimentos apresentaram quedas significativas de preços. Estes incluem batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). No entanto, as frutas (1,42%) apresentaram aumento de preço.
Alimentação Fora do Domicílio
Por outro lado, a alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), em virtude da desaceleração do lanche (1,02% em julho para 0,14% em agosto). Já a refeição (0,35%) acelerou na comparação com o resultado de julho (0,17%).
Análise Regional
Em termos regionais, apenas uma área apresentou variação negativa em agosto: Belo Horizonte (-0,18%). Esta variação foi influenciada pela queda do preço do ônibus urbano (-20,91%). A maior variação positiva foi registrada em Fortaleza (0,73%), por conta da alta da gasolina (5,92%) e da energia elétrica residencial (3,23%).
Mais Sobre a Pesquisa
A metodologia utilizada para o cálculo do IPCA-15 é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 14 de julho a 14 de agosto de 2023 e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho de 2023 (base). Para mais detalhes sobre a pesquisa, visite o Sidra.(https://sidra.ibge.gov.br/home/ipca15/brasil)
Conclusão
A próxima divulgação do IPCA-15, referente a setembro, e IPCA-E (julho, agosto e setembro) será em 26 de setembro. A tendência de alta na inflação brasileira, conforme indicado pela prévia de agosto, é um sinal de atenção para os formuladores de políticas e para o público em geral.
Fonte: Vinicius Britto – IBGE Noticias / Foto: Helena Pontes/Agencia IBGE Noticias – 25/08/2023
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