Sindicato Rural – Uma Fortaleza para Produtores Rurais por 72 Anos

1. Uma Viagem no Tempo

Nascido nos ‘anos dourados’ do Brasil, o Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) surgiu em 26 de junho de 1951. Sua fundação foi impulsionada pela política sindical de Getúlio Vargas, então presidente do país.

Inicialmente, a entidade rural representativa era a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul). O SRCG, em seus primeiros anos de atuação, compartilhava a mesma diretoria com a Acrissul. O primeiro presidente do SRCG foi o pecuarista Paulo Coelho Machado, que aceitou a proposta de fundação do sindicato feita por Samuel Sabt, emissário do Ministério do Trabalho.

2. O Crescimento e as Conquistas

Na década de 1960, o sindicato expandiu seu quadro de associados, impulsionado por uma campanha de filiação determinada pelo ministério. Já nos anos 1970, a conquista de um gabinete odontológico foi uma das grandes vitórias da entidade, oferecendo atendimento aos associados e funcionários.

A década de 1980 marcou a inauguração da sede própria do sindicato, construída em terreno doado pela Prefeitura de Campo Grande. Parte significativa dos recursos para a construção foi obtida por meio de um ‘livro de ouro’.

3. A Importância do Sindicato

O Sindicato Rural tem sido um ator fundamental no desenvolvimento e na estruturação da sociedade, participando de várias lutas e contribuindo para a organização da classe produtora. Teve forte participação na reivindicação de direitos na Constituição Federal de 1988.

Segundo o atual presidente do SRCG, Alessandro Coelho, em sete décadas, a entidade tornou-se o porto seguro para os produtores rurais do município e também de Corguinho e Rochedo.

> ‘O Sindicato Rural nasceu com base nos interesses dos produtores se unirem e terem mais representatividade institucional. Ele nasceu de uma forma associativista e, a partir de então, foi adotando a estrutura sindical imposta pelo governo como uma instituição para defender os interesses trabalhistas coletivos, dentre as classes’, ressaltou.

4. Processo de Desenvolvimento

Alessandro Coelho explica que a principal pauta do sindicato era a grande central de distribuição de produtos para o restante do Estado e para as várias regiões do Brasil.

> ‘A cidade era um polo de desenvolvimento por conta das ferrovias, se expandindo com base nelas, sempre voltada para o agronegócio como um todo. Com o amadurecimento do sistema agropecuário, o Sindicato Rural começou a atuar na preparação da mão de obra e ganhou mais representatividade junto às instituições constituídas, principalmente as governamentais’, relatou.

5. Ampliação das Atividades

Alessandro Coelho aponta que o SRCG se fortaleceu, abrangendo todas as culturas, da pecuária de corte e leiteira até a apicultura e a piscicultura.

> ‘O sindicato foi mais voltado a isso, e não só a parte das proteínas animais, mas também na parte vegetal, como a produção de soja e milho. Ainda estamos engatinhando na parte de hortaliças, frutas e flores’, assegurou.

6. Novos Tempos e Desafios

O presidente do SRGC observou que Campo Grande se tornou uma cidade diferente de todas, com mais de 70% das propriedades na faixa de 60 hectares.

> ‘Isso chama atenção, pois, como podemos ter propriedades rurais tão pequenas dentro em um município de mais de 800 mil hectares? Por isso, o sindicato acabou por trabalhar mais nesse segmento, trazendo mais para perto a fruticultura, as hortaliças e, agora, graças a um novo projeto, também a floricultura, na região de Rochedinho’, revelou.

7. Inovação na Produção

Outra atividade que está ganhando força, conforme Alessandro, é a suinocultura e a bovinocultura com os confinamentos, sistemas intensivos de produção.

> ‘A pecuária leiteira está sendo resgatada com a montagem de uma nova bacia leiteira, que no passado era muito forte. A Capital tinha uma grande leiteira na região onde hoje é o Bairro Nova Campo Grande, e agora a gente espera trazer de volta, alavancando os produtores para que eles possam viabilizar projetos’, garantiu.

8. Fortalecendo os Pequenos Produtores

Alessandro Coelho ressaltou a importância de oferecer opções produtivas aos pequenos produtores, possibilitando a produção de alimentos de qualidade com preço competitivo.

> ‘Não precisamos trazer alimentos de outros estados ou países, podemos consumir a produção do nosso município’, destacou.

9. Evolução e Capacitação

Hoje, Campo Grande é um município que concentra a maior mão de obra do Estado, vivendo uma fase de evolução fantástica, apesar das dificuldades pelas quais o país tem passado.

De acordo com Alessandro, o SRCG tem trabalhado para levar o conhecimento a quem tiver disposição de trabalhar no setor rural, preparando a mão de obra e ajudando a colocá-la no mercado.

10. Olhando para o Futuro

Alessandro Coelho enfatiza a necessidade de adaptar-se às novas tecnologias que evoluem rapidamente.

> ‘A falta de mão de obra qualificada é o nosso grande gargalo, e o sindicato se mobilizou, instalando salas de aula, com um projeto de ampliá-las em um futuro bem próximo. Com ajuda de outras instituições, a gente espera poder ampliar para poder capacitar ainda mais trabalhadores, já que o Estado, nos próximos quatro anos, será uma referência no Brasil’, projetou.

Assim, o Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), nascido na década de 1950, vem ao longo de 72 anos desempenhando um pape

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