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A Ascensão da Rodonaves – Da Entrega de Cargas por Bicicleta a uma Receita Bilionária

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João Naves, um ex-vendedor de bilhetes de ônibus na rodoviária de Ribeirão Preto(https://exame.com/negocios/com-vocacao-de-interior-legacy-investimentos-mira-r-3-bilhoes/), percebeu uma crescente demanda no final da década de 1970: os passageiros estavam utilizando os ônibus para enviar mercadorias que precisavam chegar rapidamente a seus destinos. No entanto, a logística era um desafio, pois os destinatários tinham que ir à rodoviária todos os dias para buscar suas mercadorias. Naves decidiu resolver esse problema e, em 1980, alugou um pequeno espaço na rodoviária onde trabalhava.

Começou a pegar as mercadorias que chegavam nos ônibus e a entregá-las, de bicicleta, nas casas e escritórios das pessoas. Foi assim que a Rodonaves nasceu, transformando-se hoje em um conglomerado de empresas de transportes(https://exame.com/negocios/depois-do-primeiro-bilhao-frete-com-quer-dominar-transportes-e-tera-r-300-milhoes-para-aquisicoes/) que, juntas, arrecadaram 2,08 bilhões de reais em 2022. A expectativa é que a receita chegue a 2,42 bilhões de reais neste ano.

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A Jornada da Rodonaves

Naves recorda que houve dificuldades e momentos de reflexão, mas o crescimento veio de uma maneira saudável. ‘Nos 43 anos de existência da empresa, enfrentamos alguns momentos tensos no país, mas sempre reuni minha equipe e falei para encararmos a crise como uma oportunidade para encontrar novas soluções. Em toda crise, nós crescemos’, afirma Naves.

A chave para o crescimento sempre foi o entendimento de que era necessário investir em infraestrutura. Hoje, a Rodonaves possui mais de 20 centros de distribuição próprios pelo país. E esse entendimento continua: a empresa acaba de anunciar um investimento de 42,5 milhões de reais para ampliar em quatro vezes a capacidade de processamento de cargas na região Sul.

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Investimentos da Rodonaves na Região Sul

A Rodonaves tem uma estratégia de aumentar a presença na região Sul, investindo 42,5 milhões de reais. Os recursos foram destinados aos Centros de Transferências de Cargas , em Itajaí, Chapecó e Curitibanos, todos em Santa Catarina(https://exame.com/negocios/empresa-da-africa-do-sul-que-quer-encantar-clientes-do-varejo-compra-negocio-de-sc-para-expandir/). O aporte vai expandir em quatro vezes a capacidade de carga processada na região.

Atualmente, a região representa 37% das movimentações de cargas da RTE Rodonaves, com 97.000 clientes ativos somente no último ano. Nos três primeiros meses deste ano, a soma do faturamento do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foi de cerca de 300 milhões de reais.

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Em Itajaí, inclusive, há um novo centro logístico, com 7.100 metros quadrados. A unidade será responsável por realizar descarregamento, carregamento e transferência de cargas, e ainda tem conexão com outros postos da companhia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Para a operação, ainda serão abertas 150 vagas de emprego.

‘Vemos Itajaí como um dos melhores pontos para logística’, afirma Naves. ‘Poucos têm essa distribuição como lá, por isso investimos um bom valor e vamos criar novas rotas regionais’.

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Os investimentos incluem:

* Novo CTC em Itajaí, de 7.100 metros quadrados
* Expansão da operação em Chapecó, aumentando a capacidade diária de processamento de 300 para 500 toneladas por dia
* Novo CTC em Curitibanos

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O Crescimento da Rodonaves

A operação com bicicleta na rodoviária de Ribeirão Preto durou apenas três meses. Foi o tempo da demanda crescer tanto ao ponto de Naves precisar comprar outro veículo: uma Kombi.

O primeiro caminhão(https://exame.com/brasil/caminhao-velho-programa-paga-ate-r-80-mil-por-veiculo-entenda-como-funciona/) só aparece quando a viação Santa Cruz entra na história. Ela disponibiliza um veículo pesado para Naves e se torna sócia do negócio. A parceria dura até 1994, quando Naves enfrenta dois de seus maiores desafios.

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Um deles é lidar com o fim da parceria, o que reduziu o número de caminhões e de praças que ele tinha. ‘Tivemos que, sozinhos, desbravar novas cidades, unidades de negócios’, afirma Naves. ‘Eu ia de carro até as cidades de outros estados oferecer nossos serviços de transporte’.

Outro desafio foi um vendaval que destruiu muito da estrutura que a Rodonaves tinha: o telhado, caminhões, estruturas inteiras foram para o chão.

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‘Foi um momento de choque, porque estávamos a menos de cinco meses trabalhando sozinhos, sem a parceria da Santa Cruz’, diz. ‘Os clientes nos ajudaram muito nessa época, continuaram nos pagando, aceitando condições diferentes de pagamento, o seguro também ajudou, e a própria comunidade. As empresas de reforma venderam os materiais e aceitaram o pagamento em 60 dias’.

No final daquele fatídico ano de 1994, a Rodonaves já estava voltando a crescer e a comprar: adquiriu dois caminhões novos. Em 1995, a mesma coisa. E fecharam aquele ano atendendo mais de 200 cidades. ‘E aí, não parou mais’, diz Naves.

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O Modelo de Crescimento da Rodonaves

A Rodonaves cresceu bastante fechando parcerias com outras pequenas transportadoras e distribuidoras regionais. Também abriu filiais próprias.

‘Depois de Ribeirão, arrumei um parceiro só para fazer o sul de Minas Gerais’, diz. ‘Depois, fui para o Paraná. Queria que fosse com parceiros, mas não consegui e abri uma filial própria. Depois, Goiás, Brasília, Sa

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