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Jovem Aprendiz

A Renovação Mínima e a Falta de Interesse dos Jovens Desafiam o Setor Logístico

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_’A nova geração não quer mais o caminhão. Ficar longe de casa, trabalhar no fim de semana. Isso não atrai mais eles’. As palavras de João Silva, veterano caminhoneiro, ilustram a atual situação de escassez de mão de obra no setor de logística.

Com mais de quatro décadas de experiência, Silva, agora aposentado, ainda se encontra atrás do volante. ‘Se não amasse a estrada, já teria parado’. Hoje, prefere fazer frete dentro do seu estado. Mas, no passado, o Nordeste era o seu principal local de trabalho.

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O Envelhecimento dos Profissionais de Transporte

Assim como Silva, outros caminhoneiros veteranos enfrentam a mesma situação. A falta de interesse dos jovens pela profissão de motorista é um desafio para as empresas de logística. Para combater esse problema, algumas iniciativas estão sendo adotadas, como programas para sensibilizar e despertar o interesse dos mais jovens pela profissão.

Segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a média de idade do caminhoneiro no país é de 44,8 anos. No Vale do Taquari, a situação é similar. Dos mais de 7,5 mil atendimentos de profissionais motoristas na unidade do Sest/Senat em Lajeado, a faixa etária dos 41 aos 50 anos corresponde a 25,6% dos serviços.

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‘Isso mostra que a maioria dos nossos serviços são para motoristas de 31 a 50 anos. Isso é um reflexo da realidade nacional na nossa região’, avalia o gerente do Sest/Senat, Carlos Pereira.

Oportunidades no Setor

Renato Lima, dono de uma transportadora com uma frota de 13 caminhões, às vezes precisa deixar a gestão do negócio e voltar à cabine. ‘Essa semana, vou trazer uma carga do centro porque um funcionário pediu demissão e não consigo ninguém para substituir.’

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Em um grupo com 35 transportadoras de médio e grande porte da região, há pelo menos 50 vagas para motoristas profissionais (habilitação C, D e E) nas empresas.

Diego Tomasi, diretor da Tomasi Logística e vice-presidente do sindicato do segmento (Setcergs), considera que a perda de interesse dos jovens pela profissão de motorista tem diversos fatores.

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‘No passado, ser motorista de caminhão era parte do sonho das crianças’, diz Tomasi. A tecnologia tem substituído o desejo de viajar e conhecer lugares, como afirma a diretora da Sulati, Maria Silva. ‘Hoje os jovens podem conhecer pessoas, visitar cidades, tudo na frente do computador. Não é a mesma coisa, mas ficar longe de casa por muito tempo é um empecilho para atrair interessados.’

Início Tardio e Custo Elevado da Profissão

Por lei, a habilitação para dirigir motocicleta e carro pode ser feita com 18 anos. No transporte de cargas, é preciso mais um ano de experiência de CNH para evoluir ao tipo C. Depois mais doze meses para a D e igual período para o tipo E.

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‘A habilitação é muito cara. Hoje, nas condições em que as famílias estão, quem pode esperar para começar a trabalhar nas estradas até os 21, 22 ou 23 anos e pagar tudo isso? Precisamos de iniciativas para facilitar esse acesso, quem sabe uma parceria público-privada para incentivar a formação de motoristas profissionais’, frisa Diego Tomasi.

Busca por Soluções

Na Sulati, empresa de Arroio do Meio, uma das iniciativas é o programa de escalonamento para atrair os mais jovens. ‘Eles começam como auxiliares dos motoristas. Conhecem a profissão, vivenciam o dia a dia. Fazem viagens ao lado do caminhoneiro’, conta Maria Silva.

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Com tempo, experiência e aprimoramento, o assistente avança e pode se tornar motorista. ‘O desempenho desse candidato é avaliado pelo motorista principal. Ele age como um tutor, um mentor dos auxiliares.’

Perfil do Caminhoneiro

De acordo com a pesquisa da CNT, o motorista tem em média 44,8 anos, com renda mensal média de R$ 4.609,35. A idade média do veículo é de 15,2 anos, e o tempo de profissão é de 18,8 anos. Cerca de 67,8% atuaram em profissões anteriores antes de se tornarem caminhoneiros.

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Rotina de Trabalho

Os profissionais rodam em média 8,5 mil quilômetros por mês, trabalham em média 11,5 horas por dia e cerca de 5,7 dias por semana.

Entraves ao Trabalho

Os principais problemas enfrentados pelos caminhoneiros são assaltos e roubos (64,6%), custo do combustível (35,9%) e valor do frete (27,4%).

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Outras Iniciativas

Existem outras iniciativas em andamento para atrair jovens para a profissão de motorista, como ações em escolas com atividades envolvendo trânsito e motoristas, atividades práticas, proposta de redução dos custos para obtenção da CNH profissional, projeto ‘Motorista do Futuro’ e ‘Mais Motoristas’, feitos em parceria com o Sest/Senat, programa para troca de categoria de CNH custeada e treinamento, e a enfatização do futuro promissor da profissão de motorista.

Para informações adicionais, acesse o site

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